terça-feira, 10 de abril de 2012

Mobilidade: nova norma de conduta para fidelizar consumidores

Diretor da MEF, responsável pela cartilha, afirma que mercado está maduro e tenta criar aplicações para conquistar usuários de smartphones

O Mobile Entertainment Forum (MEF) lançou na última semana um novo código de conduta para os serviços de assinatura de conteúdo móvel. Trata-se de uma atualização do documento elaborado ano passado e que serve para definir a postura que os membros devem ter e quais devem evitar, sob o risco de serem punidos.

Fazem parte da entidade as operadoras, responsáveis pela cobrança e pelo relacionamento com o cliente, os integradores, que desenvolvem o software e a plataforma, os provedores, que criam o conteúdo, como SMS com a situação do trânsito ou o clima do dia, e os grupos de mídia, que o divulgam.

Segundo Filipe Rosa, diretor da MEF para a América Latina, graças à cartilha o número de reclamações em relação ao segmento no Brasil caiu 90%, embora a arrecadação do setor também tenha se retraído em 40% em 2011. Entre os motivos para a queda está justamente a imposição de novas regras, necessárias para manter a autorregulação.

“As pessoas que adquirem o serviço agora sabem o que estão comprando, tem a consciência de que é um modelo de assinatura e que, portanto, continuarão pagando por ele”, disse. “Outra inovação é que o uso de redes afiliadas, como comunidades no Orkut, foi proibido para fins de divulgação, já que por vezes os banners eram indevidamente alterados.”

A principal mudança, porém, talvez esteja em algo alheio à entidade: a popularização dos smartphones, tendência que deve persistir nos próximos anos. De acordo com Rosa, 75% das assinaturas vêm dos feature phones – os celulares mais simples – de modo que, se a quantidade destes diminui, é normal que a arrecadação com elas também caia.

“O mercado existe há cinco anos e as empresas têm de procurar serviços que agreguem mais valor”, afirmou o executivo. “Os usuários hoje em dia possuem celulares mais modernos, outras formas de acessar conteúdo. As lojas de aplicativos são concorrentes do nosso modelo.”

Como alternativa, Rosa sugere aplicações voltadas à saúde e à educação, como o ensino de idiomas – o que a TIM, por exemplo, já oferece. Entretenimento, segundo ele, ficou para trás, já que muitos consumidores podem simplesmente acessar uma loja e escolher um jogo, em vez de receber uma quantidade limitada por semana.

O objetivo, agora, é atrair mais usuários de smartphones e, principalmente, mantê-los. Por isso a especificação de regras claras, para não deixar que o segmento perca credibilidade. Dentre as alterações no código promovidas para este fim, destaque para a padronização de punições para os players que não o respeitarem – que serão ajuizadas pelas provedoras – e a obrigação de duplo opt-in, a fim de evitar mal-entendidos.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2012/04/10/mobilidade-nova-norma-de-conduta-para-fidelizar-consumidores-1/

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