sexta-feira, 20 de abril de 2012

Petrolífera peruana unifica rede de telecom na Amazônia

A Dígitro, desenvolvedora brasileira de soluções de TI e telecomunicações, está concluindo no Peru a maior implantação de plataformas de telefonia com tecnologia híbrida (IP, satélite e telefonia convencional) já realizada pela empresa naquele País. O contrato é também o maior da Dígitro fora do Brasil, e está sendo realizado em parceria com a peruana Realta System, especialista em integração de redes.

O projeto foi contratado pela Petróleos do Peru SA (Petroperú) e está viabilizando a integração de 19 unidades remotas da petrolífera, dispersas no território peruano, algumas delas a milhares de quilômetros de distância da sede da companhia em Lima. Entre os pontos integrados estão diversas plantas de prospecção e plataformas de exploração localizadas no interior da selva amazônica.

Com a nova estrutura, a Petroperú passa a contar com uma plataforma unificada para a comunicação de voz e ligação de redes corporativas, utilizando conexões de satélite, nos links de longa distância, e conexões via operadora nas regiões metropolitanas.

Em todos os seus pontos de presença, a Petroperú se beneficia da tecnologia IP, não só para comunicações de baixo custo do tipo VoIP, mas também em aplicações como a de chamadas telefônicas com vídeo e a de conexões móveis de voz WiFi para as comunicações internas da empresa.

AparelhosComo base para as comunicações, a Dígitro está empregando 33 plataformas de PABX inteligente, de fabricação própria, que passam a suportar chamadas analógicas e digitais envolvendo cerca de 2,8 mil terminais telefônicos fixos e móveis. A conta inclui terminais analógicos comuns e mais um lote de 2,2 mil aparelhos de telefonia IP, parte dos quais aptos a suportar as aplicações de vídeo-chamada - de grande utilidade, por exemplo, nas comunicações de suporte técnico entre plataformas distantes e a sede da companhia.

A integração da telefonia com a rede corporativa da empresa viabiliza a oferta de gerenciamento e suporte unificado dos serviços, eliminando estruturas redundantes e centros de custos paralelos. O projeto também deve reduzir substancialmente as despesas de telecomunicações da petrolífera, através da exploração intensiva das conexões IP, tanto em ligações locais quanto nas comunicações distantes.

As plataformas de PABX empregadas pela Dígitro dispõem de recursos automáticos para a roteirização de chamadas analógicas, com base nos custos mais baixos de cada operadora, e para o estabelecimento de políticas de tarifação interna dos ramais, visando eliminar o uso improdutivo da estrutura.

Todos os serviços prestados pelas operadoras, bem como o tráfego de chamadas internas e externas da Petroperú, passam a ser monitoradas através de ferramentas de gestão, o que viabiliza à empresa administrar não só seus fluxos internos, mas também o cumprimentos dos contratos de SLA estabelecidos com as operadoras.

AdversidadesDe acordo com Rodrigo Rolon, consultor de negócios internacionais da Dígitro, no projeto da Petroperú a empresa precisou enfrentar situações adversas, tanto do ponto de vista técnico quanto no tocante à localização das plantas e produção da companhia.

“Do lado técnico, foi necessário desativar uma grande quantidade de plataformas limitadas e pouco compatíveis, que tornavam as comunicações, em muitos casos, precárias e altamente antieconômicas”, explica.

Segundo Rolon, outro ponto de complicação estava em administrar a reformulação ou interrupção de inúmeros contratos antigos de serviços que a Petroperú mantinha com operadoras heterogêneas, já que nenhuma era capaz de oferecer a totalidade dos serviços necessários.

“Sem dúvida, este era um fator de geração de custo improdutivo que a unificação da plataforma resolve de forma definitiva”, diz o consultor.

A segunda adversidade enfrentada pela Dígitro e pela Realta Systems é a enorme distância e condições geográficas das instalações da Petroperú na Amazônia. “Levar tecnologia de telecomunicações de missão crítica e mão de obra adequada a estes pontos é algo tremendamente complicado e que se agrava com as constantes intempéries climáticas que atinge estas regiões”, explica Rolon.

O contrato também exigiu da empresa brasileira um considerável esforço de desenvolvimento, como a implantação de videochamada e ramais móveis com conexão WiFi, especialmente projetados para a petrolífera.

Fonte: http://ipnews.com.br/telefoniaip/negocios/categorias-de-negocios/casos-de-sucesso/24057-petrolifera-peruana-unifica-rede-de-telecom-na-amazonia.html

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