A Fundação CPqD, criado como Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás em 1976 e tornando-se em fundação de direito privado em 1998, desenvolveu junto com o Centro de Prevenção à Cegueira (CPC) de Americana, no interior de São Paulo, e com recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) do Ministério das Comunicações, um aplicativo para smartphones com o objetivo de facilitar o uso de dispositivos móveis por pessoas cegas ou com deficiências visuais. Dez smartphones com a solução, chamada VozMóvel, foram entregas para deficientes atendidos pelo CPC de Americana no fim de fevereiro e vão ficar nas mãos dessas pessoas por três meses.
“O intuito é avaliar a usabilidade dessa aplicação no dia a dia das pessoas e, ainda, dar a elas a oportunidade de fazer sugestões de melhorias”, afirma Claudinei Martins, da Diretoria de Tecnologia de Serviços do CPqD. Ele explica que a solução VozMóvel utiliza a tecnologia de síntese de voz como base de um novo modelo de interação do usuário com o celular dotado de tela sensível ao toque (touchscreen).
Nesse modelo, a tela do aparelho é dividida em seis quadrantes (áreas), correspondentes às principais funções do celular: realização de chamadas, histórico de ligações, contatos, mensagens de texto (SMS), nível de sinal e de bateria e data/hora. Na medida em que a pessoa toca ou desliza o dedo sobre a tela touchscreen do aparelho, uma voz sintetizada informa a função correspondente àquela área. Com mais um toque, ela tem acesso à função. E, se essa função envolver uma informação, como o nível da bateria do aparelho ou uma mensagem de texto recebida, ela também é transmitida por meio do recurso de síntese de voz – que utiliza a tecnologia CPqD Texto Fala.
A primeira versão do VozMóvel foi desenvolvida para o sistema operacional Android, que hoje lidera as vendas de smartphones no mercado mundial. Segundo Martins, o foco principal da aplicação são as mais de 6,5 milhões de pessoas cegas ou com grande dificuldade permanente de enxergar existentes no Brasil – de acordo com o Censo 2010 do IBGE. “Mas, no futuro, essa tecnologia poderá beneficiar também idosos, analfabetos e até crianças que ainda não aprenderam a ler”, acrescenta.
A VozMóvel não pode ser comparado com o sistema “Siri” da Apple, usado com os smartphones iPhone. O Siri ainda não encerrou a fase de testes na língua portuguêsa. O sistema não é direcionado para deficientes visuais, mas para aqueles pessoas, que gostam de mandar os aplicativos com a voz.
Fonte: http://brasil-internet.com/news/1473-fundacao-centro-de-pesquisa-e-desenvolvimento-entrega-smartphones-com-aplicativo-voltado-para-deficientes-visuais/
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