quarta-feira, 7 de março de 2012

CIO não deixará de existir, dizem CIOs indianos

A reação foi provocada após um inquérito recente no Reino Unido ter afirmado que 17% dos decisores financeiros acreditam que o papel de  Chief Information Officer (CIO) vai desaparecer dos negócios nos próximos cinco anos.

“O CIO não é um ‘techie’, é um estrategista de negócios. E ainda será preciso alguém que possa tomar essa decisão de que negócio pode ser automatizado, terceirizado e avaliar as soluções. O CFO não entende essa conversa”, acredita Selvam K, CIO do grupo Siva Industries and Holdings.

Ele acrescenta: “talvez o CIO no futuro não tenha um exército de homens sob o seu comando, oferecendo apoio e gestão, a qual terá evoluído para a nuvem. Mas o papel do CIO não perecerá”.

Geralmente, a razão para tais previsões dinâmicas parece envolver a maneira sempre em mudança de como as empresas compram e consomem TI – especialmente por causa da crescente importância da computação baseada no uso e na nuvem, em que os serviços de TI são alugados num modelo “pay-per-use”, em vez de comprados e instalados sem demoras.

Manoj Arora, CIO global da Bilcare, sorri: “as indústrias também podem ser alugadas, devemos acabar com o papel do ‘chief operation officer’? Muitas atividades financeiras também são terceirizadas, mas ainda precisamos de um CFO. As pessoas fazem um trabalho estratégico, não interessa qual a designação de que são titulares”.

Tamal Chakravorty, CIO da Ericsson, também defende com veemência o papel do CIO. “O valor do negócio vem do aumento das receitas, maiores margens, maior satisfação do cliente, maior satisfação do empregado e, finalmente, uma maior percepção pelos principais gestores da empresa. Pode um acionista dizer que um CIO não tem impacto algum nesses cinco parâmetros de crescente valor para a empresa? Se eles podem, então acho que está tudo dito. Mas eu tenho falado com muitas pessoas e claramente não se vê esse sinal.”

O estudo destacou ainda que muitos CFO acreditam que os CIOs não têm conhecimento adequado sobre finanças. Os CIOs indianos descartam isso dizendo que o conhecimento financeiro não é crucial para o papel do CIO.

“Acho que a noção de que precisamos de saber de finanças é um equívoco. Eu tenho sobrevivido, assim como muitos outros CIOs. Usamos princípios básicos da gestão de uma empresa: investimento para retorno, controle de custos, eficiência, escala etc. Devemos também saber de gestão de vendas, gestão de operações, gestão de logística, ou de tesouraria?”, questiona Chakravorty. E Arora concorda: “os CIO não estão ocupados a comprar TI”.

A discussão destaca uma outra visão mais séria e pertinente sobre a evolução do papel dos CIOs dentro das organizações. Satish Pendse, CIO do grupo HCC, que liderou a sua própria empresa de tecnologia Highbar, tende no entanto a concordar, em certa medida, com a declaração. Depois mudou-se para uma função mais corporativa. Ele acredita que o papel do CIO chegará a um ponto de estagnação. “Após alguns anos, a aprendizagem no papel de CIO afunilou”, refere.

Os CIOs concordam que o resultado do negócio está à frente da designação e que a receita é mais importante do que as pessoas e os cargos. “Se outros executivos de nível C assumirem mais responsabilidade no consumo de TI, o CIO pode criar mais valor em outro lugar”, acredita Arora.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/gestao/2012/03/07/cio-nao-deixara-de-existir-dizem-cios-indianos/

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