terça-feira, 27 de março de 2012

TI é ponte para comunicação e entretenimento

Por Andre Papaleo*

Há alguns anos, o contato da maioria das pessoas com os meios de comunicação e entretenimento era esporádico. Eram vistos certos programas de televisão em determinados horários do dia; o rádio era sintonizado para escutar os programas favoritos; talvez alguns comprassem diariamente um ou vários jornais ou assinavam uma revista semanal ou mensal; ou ainda, de vez em quando, iam ao cinema para ver uma grande estreia.

Hoje, nesse mundo cada vez mais conectado, a tecnologia colocou os meios de comunicação ao alcance de todos. Estão disponíveis, em tempo real, o entretenimento e a informação, no momento em que as pessoas necessitam ou desejam. Nessa nova realidade, o consumidor passa a ter a liberdade de decidir quando e como usar os serviços. E o crescimento desse tipo de atitude tem sido vertiginoso.

Segundo relatório da Morgan Stanley, de dezembro de 2009, sobre Internet móvel, em 2014 a maioria dos usuários se conectará à web por intermédio de dispositivos móveis substituindo os desktops.

Os avanços da indústria de TI têm também permitido o surgimento de novos monstros midiáticos, que vêm tirando a audiência e o poder dos meios de comunicação tradicionais. É fato que empresas como Apple, Facebook, Twitter, Amazon e Netflix passaram a ocupar os primeiros lugares da indústria de entretenimento, superando as cadeias de televisão, produtoras cinematográficas ou, até mesmo, fonográficos.

O Facebook já atingiu a marca de mais de 800 milhões de usuários ativos e mais da metade conecta-se diariamente, segundo dados da própria rede social. No caso do Twitter, há mais de 100 milhões de usuários ativos, que geram milhões de tweets diários, enquanto o YouTube oferece mais de um bilhão de vídeos ao dia.

A nova realidade tecnológica quebrou o paradigma tradicional do binômio criadores/consumidores de informações. Os novos meios de comunicação são hoje unidirecionais, no sentido que os produtores geram o conteúdo e os consumidores o recebem passivamente. As ferramentas atuais permitem que sejamos consumidores e criadores e disseminadores de conteúdo em tempo real.

O acesso à informação tornou-se um ato comum e habitual e hoje faz parte do cotidiano e já não se quer mais abrir mão deste avanço. Por outro lado, a fim de garantir essa acessibilidade e interatividade é fundamental contar com uma infraestrutura capaz de apoair a demanda em tempo real e contínua. Na realidade, sem servidores, soluções de armazenamento e distribuição de informação, e bases de dados, nada disso seria possível.

As empresas de comunicação enfrentam grandes desafios tecnológicos para atender toda essa crescente demanda. A grande concorrência obriga a busca por soluções de menor custo, com o uso de ferramentas de código aberto (open source) e hardware mais acessível. Além disso, exige-se respostas mais rápidas, alto rendimento e confiabilidade na prestação de serviços, já que os clientes podem mudar para o concorrente com apenas um clique. As infraestruturas de TI devem estar preparadas para sustentar crescimentos exponenciais e exigências imediatas sem margem de erros.

Temos sido testemunhas de um crescimento explosivo de empresas que não estavam preparadas tecnologicamente para isso e sofreram interrupções de serviço, prejudicando sua reputação corporativa. Outro ponto crucial nessa jornada é a segurança: em um mundo em que cada vez mais compartilharmos informações sobre nossas vidas, é essencial garantir a integridade e a proteção dos dados.
Para isso, o uso de soluções que assegurem o sucesso das empresas de meios de comunicação e entretenimento é cada vez mais necessário. Devem ser capazes de atender à alta demanda de conteúdos, com experiência satisfatória ao cliente, sem frustrações ou quedas de serviço.

*Andre Papaleo é vice-presidente de Indústrias da Oracle para a América Latina

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/blog/opiniao/2012/03/26/ti-e-ponte-para-comunicacao-e-entretenimento/

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