sábado, 31 de março de 2012

Veja se o telefone fixo ainda vale a pena

Seu uso só é mais econômico quando consumidor faz várias ligações para fixos. Diferença chega a 267%

A telefonia fixa caiu no país. A Telefônica, por exemplo,  tinha em 2007 um total 11,9 milhões de acessos em fixo. No ano passado foram 10,9 milhões, queda de 8%. Os dados são da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações. E se você ainda faz muito uso do fixo, fique atento: a diferença de tarifas chega a 267%.

O presidente da Teleco,  Eduardo Tude, afirma que  o Brasil já vive uma situação de “tribos” na telefonia, o que acabou por deixar a telefonia fixa pouco vantajosa para um número grande de pessoas. “Há a tribo dos cerca de 62 milhões que usam telefone fixo. Há também a tribo dos 202 milhões que usam celular. Com isso, o telefone fixo é econômico apenas se você faz muitas ligações para telefone fixo. Se liga para celulares, não vale mais a pena”, compara.

O telefone fixo, historicamente no Brasil, se desenvolveu para uso no domicílio. E a telefonia móvel para uso pessoal. Mas como há mais pessoas do que casas, a tendência é mesmo os celulares dispararem no Brasil. “Hoje, também, o uso de chips estimula a telefonia móvel. O uso como terminais de dados para internet é outro estímulo para os celulares. O celular pré-pago também ajudou a baixa renda a acessar a telefonia, outra razão para ter crescido muito. Olhando a situação hoje do telefone fixo, ele já ocupou seu espaço e não deve crescer mais”, sentencia o especialista.

Perfis /Segundo a  coordenadora institucional da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Maria Inês Dolci, para o uso do telefone fixo valer a pena é importante analisar a conta  para identificar de que modo os serviços de telefonia são utilizados.

“Por exemplo: o consumidor faz mais ligações de aparelho fixo para outros aparelhos fixos ou para celulares? Ou de celular para celular? Conhecer o modo de utilização pode ajudar na escolha de um plano que seja mais vantajoso dentro desse perfil. O cliente pode tentar mudar o seu modo de uso para tirar melhor proveito do plano de serviço ao qual ele já está comprometido. Há situações em que a ligação entre telefones fixos na mesma cidade sai de graça”, destaca.

Combos também podem ser risco para o bolso
Outro problema que a Proteste aponta é que o consumidor adquire a linha, muitas vezes, não por opção, mas porque ela é empurrada num pacote de serviços para poder usufruir de descontos em banda larga, TV por assinatura e celular. E nesse contrato ele tem que usar o plano próprio da operadora. A orientação da Proteste é sempre pedir o plano que se adequa à realidade socioeconômica da pessoa. E também as operadoras de telefonia fixa são obrigadas a oferecer planos básicos.

A Anatel  divulgou no final do  ano passado, no Diário Oficial da União, os novos valores dos planos básicos da telefonia fixa.

O reajuste máximo da cesta local (composta pela assinatura básica e valor do minuto local) e da longa distância nacional ficou em 1,954% para Telefônica, CBC Telecom e Sercomtel. Para a Oi e a Embratel, o valor de reajuste máximo ficou em 1,969%. O IST (Índice de Serviços de Telecomunicações) ficou abaixo de outros, como o IGP-DI e o IPCA.

Fonte: http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/17521/Veja+se+o+telefone+fixo+ainda+vale+a+pena+

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