segunda-feira, 19 de março de 2012

Inovar ou cortar custos: o que é mais importante para a TI?

Gerentes de TI e CIOs precisam se concentrar menos na redução de custos no momento da renovação de contratos e focar mais em inovação, opina a analista da Ovum, Evan Kirchheimer, em debate promovido recentemente pela operadora BT, do Reino Unido. Dois líderes de TI contestam. Segundo eles, embora a inovação seja importante, a redução de custos ainda é uma prioridade em tempos austeros. E, você, o que diz?

"O que acho mais frustrante como analista especializado em empresas de TI é como os CIOs implacavelmente se concentram na redução de custos em cada ciclo de renovação de contrato. Isso sufoca a inovação", avalia Kirchheimer. "As pessoas precisam colocar de lado os custos e pensar um pouco mais sobre a forma como a rede pode permitir-lhes fazer negócios de maneira nova", acrescenta.

"Não sei quando isso vai mudar, mas gostaria de plantar uma semente na cabeça de todo CIO e de todo diretor financeiro pedindo-lhes para parar de atacar os fornecedores. É preciso mantê-los interessados. Esse deve ser o seu principal objetivo se você é um CIO", aconselha.

Kurt Frary, gerente de TIC de arquitetura em Norfolk County Council, discorda de Kirchheimer e argumenta que no setor público é impossível evitar priorizar a redução de custos.

"Seria errado dizer que essa é uma opção. A qualquer momento olhamos para qualquer um dos nossos grandes contratos com o objetivo de obter reduções de custo significativas na hora da renovação", aponta Frary. Ele reconhece, no entanto, que, por vezes, investimentos em inovação podem reduzir os custos em toda a empresa. E acredita que o impulso recente do setor público em adotar serviços de nuvem pública é um exemplo disso.

"Embora tenhamos de guardar dinheiro ano após ano, às vezes você precisa investir em TI para cortar custos em algum outro lugar no negócio", afirma Frary.

"Por exemplo, a tendência é adotar mais e mais serviços de nuvem pública, e para isso teremos de montar uma rede muito diferente. Podemos precisar de mais largura de banda e melhor desempenho na web", acrescenta. "Portanto, teremos de investir mais em infraestrutura para reduzir os custos em outros lugares, movendo mais serviços para a nuvem". O Norfolk County Council revelou recentemente que está envolvido em uma das maiores implementações de Google Apps em termos de números de usuários (148 mil).

Mike Mann, diretor de estratégia de tecnologia e planejamento da Standard Life, concorda com Frary que os custos são uma prioridade, mas argumenta que há espaço para introduzir a inovação também.

"Você pode fazer os dois. Pode entregar as facilidades de que precisa para redes inteligentes, mas também pode ter redução de custos significativas ao mesmo tempo. Não acho que as opções sejam mutuamente exclusivas", diz Mann.

A Standard Life revelou detalhes de um acordo de outsourcing de 30 milhões de Euros com a BT, que fará a gestão da infraestrutura de comunicação da empresa nos próximos cinco anos. Segundo Mann, o acordo assegurou para a Standard Life uma "redução significativa" dos custos. "Não me interpretem mal, mas há uma pressão para reduzir preços, mas acho que você pode fazer isso e ainda obter serviços inovadores", aponta ele.

O acordo com a BT abrange a entrega e a gestão de uma LAN e de uma WAN, bem como telefonia IP, contact centers, gestão de contratos, gestão de serviços e da transição da infraestrutura para a rede IP da BT Connect.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/gestao/2012/03/12/inovar-ou-cortar-custos-o-que-e-mais-importante-para-a-ti/

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