segunda-feira, 7 de maio de 2012

Fixo tem mercado acirrado no CE

Além de oferecer o serviço de ligações, as empresas que operam no Estado têm investido em internet residencial
Enquanto a telefonia móvel se expande desenfreadamente, a fixa tem perdido espaço, fenômeno que já ocorre há alguns anos em países como os Estados Unidos. O número de linhas individuais caiu cerca de 11% nos últimos cinco anos no Ceará. De acordo com a Anatel, havia 549 mil acessos em funcionamento no mês de março último, contra 619 mil em 2007. Na média nacional, eram 35 milhões de linhas funcionando há cinco anos, e pouco mais de 30 milhões atualmente.

Mas esse mercado ainda é forte e, com a chegada da GVT ao Estado, em 2010, está mais acirrado do que nunca. A Anatel não divulga dados por unidades da federação, mas, no Brasil, o domínio das maiores diminuiu, ainda que de modo lento, nos últimos anos. Em 2006, quase 96% da telefonia fixa do País eram concentrados em três operadoras (OI, Telefônica e Embratel). Em 2011, elas detinham 89% de market-share. Na chamada Região 1, da qual o Ceará faz parte, a GVT passou de 0,12% em 2006 para 5,05% em 2011.

Além de oferecer o serviço de ligações do fixo, as empresas que operam no Estado (OI, GVT e NET) têm investido em vendas casadas, principalmente focando na internet residencial, para ganhar os clientes. Os planos contemplam milhares de minutos para ligar, internet com variadas velocidades e ainda televisão por assinatura.

PreferênciaApesar de possuir celular, a aposentada Zeneida Nóbrega não abre mão do telefone residencial, mesmo reconhecendo que o tipo de tecnologia tende a ser ultrapassado. Ela conversa, diariamente, por cerca de duas horas com familiares.

"Como na minha época só existia o fixo, eu sou mais acostumada a conversar com esse tipo de telefone. Também acho maior e mais cômodo para segurar. Mas, hoje, acredito que o telefone fixo está ultrapassado se comparado aos serviços que um celular disponibiliza", opina.

Conforme a Anatel, mesmo com a redução no número de linhas fixas, o Ceará chegou à universalização, ou seja, todos os 184 municípios do Estado contam com esse serviço de comunicação. Incluindo-se telefones fixos que não estão em funcionamento e ainda orelhões, há 891 mil acessos fixos no território cearense.

Mais qualidadeZeneida destaca a qualidade da ligação do telefone residencial em comparação com o móvel como uma das vantagens do serviço fixo. "Com certeza, o fixo tem uma qualidade melhor. Acho o aparelho maior do que o celular, então, acabo escutando com mais nitidez. Além disso, o celular também depende muito da sua operadora e do sinal", afirma a aposentada.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1134241


Nenhum comentário:

Postar um comentário