Os tokens se popularizaram no Brasil com a adesão dos bancos, que condicionaram seu uso para operações via internet e telefone. A maturidade nesse setor tem levado os fabricantes desses dispositivos a buscarem novas fronteiras e, ao que tudo indica, eles encontraram: ampliar o uso no ambiente corporativo. Algumas corporações já utilizam para tornar o trabalho remoto mais seguro, mas o presidente e COO da Vasco, Jan Valcke, acredita que há um imenso campo a ser explorado, rendendo, ao menos, “10 novos clientes por dia”.
“A abordagem de mercado é algo top down, é uma questão de segurança corporativa. Todo CEO aceita o fato de sua equipe trabalhar remotamente e essas pessoas precisam ter conexões seguras e nem sempre é possível garantir isso”, lembra o executivo, ao explicar o porquê da importância desse nicho de atuação.
O primeiro formato de venda é o clássico acesso remoto com segurança, se unindo a aplicações de VPN ou virtualização. Pode parecer algo já maduro, mas Valcke vê uma grande porta aberta e em diversos setores da indústria. “Todo mundo tem acesso por VPN, todos têm algo que precisa ser feito com segurança e temos essa solução.”
Além da segurança do acesso, o executivo lembra que a autenticação por tokens pode garantir, também, segurança à rede. “Acesso remoto e segurança de rede é um mercado muito horizontal, toda companhia pode ter benefício, seja ela grande, média ou pequena”, defende. Ele dá como exemplo o setor de saúde, onde os médicos podem aderir a esse tipo de autenticação para consulta de dados de pacientes.
Tem crescido a adesão também, de acordo com o COO, na área de games. “Os jogadores querem jogar e, em contrapartida, querem proteger seu avatar, eles precisam que esse avatar esteja protegido de roubo. Quando mais você joga, mais você gosta. Temos também o lado de segurança social.”
Embora seja uma boa tentativa de diversificar a atuação, empresas como a Vasco terão que trabalhar bastante, já que, além dos serviços bancários, será preciso implantar essa cultura de segurança que suplanta as diversas senhas do mundo corporativo. Hoje, o segmento bancário responde por 75% do negócio da fabricante em volume de tokens, mas a tendência é que isso se reduza. “Bancos me dá quantidade, mas a margem é baixa, os demais, compram em menor volume, mas com margem maior”, avalia.
Fonte: http://informationweek.itweb.com.br/7317/vasco-fala-em-ampliar-uso-de-tokens-em-ambientes-corporativos/
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