No último mês de março de 2012, a empresa Oi (Telemar), que administra os orelhões em Imperatriz, retirou seiscentos equipamentos espalhados por toda a cidade, a maioria deles com defeito devido à depredação de vândalos ou porque estavam desgastados pela ação do tempo. A informação foi dada por uma fonte ligada a empresa que não quis se identificar. Segundo o funcionário, até pouco tempo atrás Imperatriz contava com um total de quatro mil e quinhentos orelhões, mas no ano de 2011 foram retirados quinhentos equipamentos. Com isso, já são hum mil e cem aparelhos retirados de circulação, restando um total de três mil e quatrocentos.
Ele informou ainda que a empresa que presta serviços de manutenção nos orelhões da Oi (Telemar) no município, demitiu vários funcionários há cerca de um ano atrás, mas foi obrigada a readmitir porque o Ministério Público entrou com ação contra a empresa por conta das várias reclamações feitas pela população. “Pra se ter uma idéia, a empresa me demitiu há um ano e quando eu voltei todos os orelhões do bairro os quais faço manutenção estavam com problema”.
Entramos em contato com a Oi em Imperatriz, localizada na Rua Rio Grande do Norte, entre as avenidas Getúlio Vargas e Dorgival Pinheiro de Sousa, para confirmarmos as informações, mas fomos comunicados que a mesma é subordina à Oi de São Luís.
Venda de cartões telefônicos despencaO número de cartões telefônicos vendidos em Imperatriz despencou nos últimos tempos. Foi o que confidenciou Maicon Pinheiro Santos, dono de um posto de revenda de cartões e recargas de celulares, localizado na Feirinha do Bacuri.
Ele informou que já chegou a vender hum mil e seiscentos cartões telefônicos por mês, número bastante superior aos patamares atuais. “Hoje não chegamos a vender nem cem por mês. As pessoas preferem comprar um crédito da operadora de celular Vivo no valor de R$ 3,00 ou de outra operadora de celular, que também permitem fazer ligação para telefone fixo”, declarou.
Na opinião de Maicon, a venda de cartões telefônicos diminuiu ainda mais depois que as operadoras de telefonia móvel passou a oferecer chamada para telefone fixo. “Com uma recarga de celular o usuário pode fazer uma ligação tanto para telefone celular quanto para um telefone convencional ou até uma chamada interurbana. Se você comprar um cartão de 20 unidades, que custa R$ 3,50, não consegue fala quase nada”, avaliou.
Quando as empresas brasileiras de telefonia foram formadas, foi necessário criar metas para a popularização do serviço. Naquela época, os orelhões foram escolhidos como opção para quem não tinha como pagar por uma linha telefônica, que chegou a custar o preço de um carro zero.
Com as metas, os orelhões de telefonia pública foram instalados em praticamente cada esquina das principais capitais. Foi um sucesso, por assim dizer, mas parece que os orelhões estão com os dias contados. E o mais curioso é que isso ocorre não pela qualidade do serviço, mas sim pela aparente falta de interesse dos brasileiros.
Nas regiões atendidas pela Oi, por exemplo, a quantidade de minutos de uso dos orelhões por mês caiu de 955 milhões em janeiro de 2006 para 360 milhões em outubro de 2009. A mesma operadora viu sua receita com a telefonia pública despencar: de R$ 346 milhões no primeiro trimestre de 2008 para R$ 86 milhões no terceiro trimestre de 2010.
Alguns especialistas dizem que isso se deve à popularização da telefonia móvel. Afinal, com a partir de R$ 3,00 é possível recarregar um aparelho baratinho, obtido por meio de promoção no jornal.
A dona de casa Eliana de Almeida disse não lembrar quando foi a última vez que comprou um cartão telefônico. “Antigamente eu vivia com um cartão telefônico na minha bolsa. Hoje em dia o negócio é recarregar o celular, pois todo mundo tem um”.
Fonte: http://www.imperatriznoticias.com.br/noticias/geral/4730-empresa-oi-desativa-orelhoes-em-imperatriz
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