Os cachorros que se cuidem. Pesquisas compiladas pela Intel (veja ao lado) apontam que 80% das pessoas que possuem celular dormem com o telefone. Os levantamentos também mostram que 43% dos entrevistados acreditam que o aparelho reflete seu estilo e, para 50%, a vida social seria muito pior sem os recursos do celular. Seria a substituição do “melhor amigo do homem”?
“Antes, como havia um telefone por família e ele ficava na sala, as conversas ocorriam na frente de todos. Com o celular, isso foi individualizado. As pessoas também passaram a salvar contatos, armazenar fotos e salvar as contas de e-mail no aparelho. Elas colocam muito de si no celular”, afirma Vicente Martin Mastrocola, professor da ESPM e pesquisador de práticas de consumo ligadas à comunicação.
Para o professor, o iPhone, da Apple, ainda é o “sonho de consumo” quando o assunto é celular, principalmente para quem gosta de passar a imagem de uma pessoa “descolada” e tem mais recursos financeiros. “Trata-se de uma marca que lança tendências, por isso seus aparelhos acabam virando objetos de desejo”, diz.
Para os que também são arrojados, mas não podem gastar R$ 2.599 – valor da última versão do iPhone na loja da Apple no Brasil –, Mastrocola cita como aparelhos típicos os modelos que utilizam o sistema Android, desenvolvido pela Google. É o caso, por exemplo, de quem possui um Samsung Galaxy S II, vendido por R$ 1.649 na loja da rede de supermercados Extra na internet.
Já para os executivos, os celulares “símbolo” são os da marca BlackBerry, com ferramentas mais voltadas para o trabalho. O modelo Torch 9800 sai por R$ 2.199 na loja virtual do Walmart. Além do estado de espírito ou relação com o trabalho, também é possível conhecer a idade dos donos dos aparelhos observando a frequência com que usam determinadas ferramentas. Um celular com muitas mensagens de texto, jogos com arquivos de desempenho e vídeos armazenados provavelmente pertence a um jovem.
“Os adultos também buscam entretenimento, mas se apegam mais a aspectos como praticidade e produtividade”, diz Cássio Tietê, diretor de novos negócios da Intel Brasil.
“Realizamos várias pesquisas e notamos que os brasileiros têm uma paixão muito grande pelos celulares, principalmente por conta da conectividade, da mobilidade e porque os aparelhos são uma expressão de seu ‘eu’. O brasileiro adora se expressar por meio da tecnologia”, afirma.
QUEDA NOS PREÇOS AUMENTA A VENDA DE SMARTPHONES
O segmento de smartphones cresceu 179% no Brasil em 2011, segundo a Nielsen, e comprar um celular incrementado ficou, em média, 33% mais barato do que em 2010.
Para o professor Vicente Martin Mastrocola, atualmente os brasileiros buscam aparelhos com opções de entretenimento e acesso à internet, daí o sucesso dos smartphones. “O smartphone é a bola da vez”, sintetiza.
Thiago Moreira, diretor de Telecomunicações da Nielsen Brasil, concorda com o professor. “O segmento de smartphones se destaca porque é uma ferramenta de extrema importância para a mobilidade nos dias de hoje, em que temos de tornar nosso tempo cada vez mais ágil. Além disso, possibilita o acesso às redes sociais mais acessadas no Brasil, como Facebook e Twitter”, disse, em nota.
“Ousaria dizer que a pessoa vê no smartphone uma extensão de si mesma, assim como ocorre com o computador”, diz Cássio Tietê, da Intel.
O sucesso, contudo, não significa familiaridade com todas as funções que os smartphones oferecem. “É comum comprar os aparelhos e não fazer o download dos aplicativos disponíveis. O smartphone acaba ficando subutilizado”, diz Tietê. Entre os aplicativos mais baixados estão os de redes sociais e jogos.
Fonte: http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/18809/Celular+mais+presente+no+cotidiano+do+brasileiro
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