sábado, 31 de março de 2012

Telefonia é o setor que mais gera reclamações no Procon

Nenhum setor gera tantas queixas dos consumidores maringaenses quanto o de telecomunicações. Quase um quarto das reclamações feitas ao Procon do município, ano passado, foi contra operadoras de telefonia fixa e móvel. A empresa líder do ranking de reclamações é a Oi Brasil Telecom, seguida da TIM Sul.

Em 2011, a Oi teve registrada no Procon 2.402 reclamações. Apesar de estar em primeiro na lista, a operadora corrigiu erros e melhorou a situação. Em 2010, quando ainda possuía unidade em Maringá, a empresa foi alvo de 3.285 queixas no órgão.

"Dadas as multas que tivemos que aplicar, a Brasil Telecom escolheu Maringá para abrir sua primeira loja no Paraná. Foi o primeiro passo que a empresa deu para atender melhor ao consumidor e diminuir a quantidade de autuações", disse o diretor do Procon de Maringá, Dorival Dias.

A TIM, no entanto, fez o caminho inverso. De 2010 para 2011, as reclamações de clientes descontentes saltaram de 1.436 para 1.773. "A situação piorou, mesmo com as autuações feitas pelo Procon. No ano passado, a TIM muitas vezes sequer mandava propostas de negociação, desrespeitando plenamente os direitos do consumidor."

Os problemas na telefonia móvel crescem gradualmente e, na avaliação de Dias, só serão sanados com uma política nacional. "A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não pode liberar novas concessões para essas empresas enquanto não resolverem os problemas pendentes."

Queixas
Demora no atendimento, serviço fora do ar e aparelhos com defeito estão entre alguns dos problemas levados pelos consumidores ao Procon. Contudo, nenhum chega perto do número de reclamações por cobrança indevida.

De acordo com o Procon, o problema ocorre principalmente quando o consumidor aceita algum plano oferecido pelas operadoras por telefone. A promessa de que o novo plano será vantajoso, informa Dias, nem sempre é cumprida. O contratante não demora a notar que o novo plano saiu mais caro do que o anterior.

A dica do Procon é conversar diretamente com o gerente, na loja, e não aceitar ofertas feitas por telemarketing. "Digo sempre às pessoas: não aceitem serviços que prometem reduzir a conta no final do mês porque é pegadinha", diz o chefe do Procon em Maringá. "A empresa só oferece algo quando é vantajoso para ela, não para consumidor."

Dados
Das 12 empresas que mais geraram reclamações no Procon de Maringá em 2011, seis são da área de telefonia. Foram 5.318 queixas contra o segmento, o que representa 22,89% do total de reclamações. Apenas contra empresas de telefonia celular, os atendentes do Procon abriram 2.827 processos.
O problema se repete em outras cidades e Estados. No ranking do Procon do Estado de São Paulo, das 20 primeiras empresas na lista de reclamações, também em 2011, seis são telefônicas: TIM (5º), Telefónica (6º), Oi (7º), Embratel (16º), Claro (17º) e Net (19º).

Fonte: http://digital.odiario.com/zoom/noticia/558961/telefonia-e-o-setor-que-mais-gera-reclamacoes-no-procon/

Veja se o telefone fixo ainda vale a pena

Seu uso só é mais econômico quando consumidor faz várias ligações para fixos. Diferença chega a 267%

A telefonia fixa caiu no país. A Telefônica, por exemplo,  tinha em 2007 um total 11,9 milhões de acessos em fixo. No ano passado foram 10,9 milhões, queda de 8%. Os dados são da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações. E se você ainda faz muito uso do fixo, fique atento: a diferença de tarifas chega a 267%.

O presidente da Teleco,  Eduardo Tude, afirma que  o Brasil já vive uma situação de “tribos” na telefonia, o que acabou por deixar a telefonia fixa pouco vantajosa para um número grande de pessoas. “Há a tribo dos cerca de 62 milhões que usam telefone fixo. Há também a tribo dos 202 milhões que usam celular. Com isso, o telefone fixo é econômico apenas se você faz muitas ligações para telefone fixo. Se liga para celulares, não vale mais a pena”, compara.

O telefone fixo, historicamente no Brasil, se desenvolveu para uso no domicílio. E a telefonia móvel para uso pessoal. Mas como há mais pessoas do que casas, a tendência é mesmo os celulares dispararem no Brasil. “Hoje, também, o uso de chips estimula a telefonia móvel. O uso como terminais de dados para internet é outro estímulo para os celulares. O celular pré-pago também ajudou a baixa renda a acessar a telefonia, outra razão para ter crescido muito. Olhando a situação hoje do telefone fixo, ele já ocupou seu espaço e não deve crescer mais”, sentencia o especialista.

Perfis /Segundo a  coordenadora institucional da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Maria Inês Dolci, para o uso do telefone fixo valer a pena é importante analisar a conta  para identificar de que modo os serviços de telefonia são utilizados.

“Por exemplo: o consumidor faz mais ligações de aparelho fixo para outros aparelhos fixos ou para celulares? Ou de celular para celular? Conhecer o modo de utilização pode ajudar na escolha de um plano que seja mais vantajoso dentro desse perfil. O cliente pode tentar mudar o seu modo de uso para tirar melhor proveito do plano de serviço ao qual ele já está comprometido. Há situações em que a ligação entre telefones fixos na mesma cidade sai de graça”, destaca.

Combos também podem ser risco para o bolso
Outro problema que a Proteste aponta é que o consumidor adquire a linha, muitas vezes, não por opção, mas porque ela é empurrada num pacote de serviços para poder usufruir de descontos em banda larga, TV por assinatura e celular. E nesse contrato ele tem que usar o plano próprio da operadora. A orientação da Proteste é sempre pedir o plano que se adequa à realidade socioeconômica da pessoa. E também as operadoras de telefonia fixa são obrigadas a oferecer planos básicos.

A Anatel  divulgou no final do  ano passado, no Diário Oficial da União, os novos valores dos planos básicos da telefonia fixa.

O reajuste máximo da cesta local (composta pela assinatura básica e valor do minuto local) e da longa distância nacional ficou em 1,954% para Telefônica, CBC Telecom e Sercomtel. Para a Oi e a Embratel, o valor de reajuste máximo ficou em 1,969%. O IST (Índice de Serviços de Telecomunicações) ficou abaixo de outros, como o IGP-DI e o IPCA.

Fonte: http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/17521/Veja+se+o+telefone+fixo+ainda+vale+a+pena+

Sai Telefônica entra Vivo

O grupo de telefonia espanhol conclui o processo de integração de suas operações fixas e celulares e inicia uma nova fase de competição no acirrado mercado brasileiro de telecomunicações

Nos anos 1990, o executivo carioca Antonio Carlos Valente trabalhou como assessor especial do então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Nessa época, ele fez parte do grupo que desenhou o modelo de privatizações das telecomunicações, atuando diretamente na formulação da política que separava as operações de telefonia fixa das móveis das empresas do sistema Telebras. O objetivo era vendê-las separadamente para aumentar o seu valor. Quase duas décadas depois, numa dessas ironias da vida, Valente está percorrendo o caminho inverso.

Como presidente da subsidiária brasileira do grupo espanhol Telefônica, ele está agora à frente da nova Vivo, resultado da maior fusão em curso da telefonia brasileira, que une as operações de telefonia fixa da Telefônica com as de celulares da Vivo, dando origem a um colosso cuja receita líquida foi de R$ 33 bilhões, em 2011, com 117 mil funcionários diretos e terceirizados. No próximo dia 15 de abril, a integração da Vivo pela Telefônica passará pelo seu dia D. Em um domingo, a empresa espanhola  vai virar, literalmente, a chave ou mudar de sinal, para usar uma imagem mais adequada ao mercado de telefonia, e passará a se chamar oficialmente Vivo no Brasil. Os clientes do serviço de banda larga Speedy se transformarão em usuários do Vivo Speedy e os assinantes da tevê por assinatura da TVA migrarão para a Vivo TV.

“A Vivo é uma marca conhecida, muito jovem e que as pessoas valorizam muito”, afirmou Valente, em entrevista exclusiva à DINHEIRO, sentado na primeira fileira de um ônibus que o levava para Catas Altas da Noruega, a 140 quilômetros de Belo Horizonte, onde iria inaugurar uma antena de telefonia 3G, no dia 20 de março (leia mais ao final da reportagem). Não se trata apenas de uma mudança cosmética, na qual o nome Vivo passa a estampar todos os serviços de telefonia fixa, celular, banda larga e tevê por assinatura da companhia no Brasil. A empresa espanhola segue uma tendência global no setor de telecomunicações, na qual, com as operações integradas, além de ganhos de sinergias estimados entre R$ 8,5 bilhões e R$ 10 bilhões nos próximos 10 anos, será capaz também de oferecer pacotes convergentes aos seus consumidores.

Era tão estratégico atuar dessa forma, que a Telefônica travou uma batalha pública com a Portugal Telecom, sua sócia na operadora móvel, para ficar com a fatia dos portugueses, o que a obrigou a desembolsar €7,5 bilhões, em julho de 2010, para poder controlar sozinha a Vivo. Dessa forma, passa a competir de igual com igual com a arquirrivais Oi, que já atua dessa forma, e a mexicana América Móvil, dona da Embratel, Claro e NET. Os desafios que a nova Vivo tem pela frente não são triviais. Em primeiro lugar, terá de provar que não herda os atributos negativos da marca Telefônica, fortemente identificada com as panes do Speedy, em 2009. “A marca Telefônica traz um forte ranço de mau atendimento”, diz Eduardo Tomiya, diretor-geral da consultoria de marcas BrandAnalytics.

“A mudança para Vivo é bastante positiva.” Com mais de 80 milhões de clientes, a operadora precisa uniformizar a qualidade do atendimento para essa gigantesca base de clientes. Na semana passada, uma usuária de São Paulo não conseguia comprar um plano de dados para o seu celular, devido a problemas técnicos, segundo uma funcionária da Vivo. A empresa precisará também vender nacionalmente serviços que apenas ofertava no Estado de São Paulo, como a telefonia fixa e a banda larga. Desde outubro, no entanto, a companhia começou silenciosamente a se mover nessas áreas com o Vivo Fixo e o Vivo Box, respectivamente. Eles já podem ser comprados em oito Estados e em 140 cidades do Brasil. “O plano é levá-lo para todo o Brasil”, diz Paulo César Teixeira, diretor-geral da Vivo.

Nem sequer na área de telefonia móvel, em que ainda mantém a liderança com relativa folga, a Vivo pode operar tranquila. Ela tem observado os italianos da TIM aumentarem rapidamente sua participação de mercado. Em 2010, a diferença entre ambas era de 9,2 milhões de assinantes. No ano passado, caiu para 7,4 milhões. Em aparelhos pré-pagos, a distância encurtou-se ainda mais perigosamente, ficando em apenas 660 mil clientes em 2011. “Se a Vivo der uma bobeada, a TIM passa”, afirma Eduardo Tude, presidente da consultoria especializada em telecomunicações Teleco. “Mas a Vivo tem demonstrado que não vai deixar isso acontecer.” De fato: nos dois primeiros meses deste ano, a diferença subiu para 1,1 milhão de clientes. “A TIM foi muito agressiva ao longo dos últimos anos”, diz Valente.  “Mas tem tido algum reflexo negativo em função dessa agressividade.”

O reflexo a que se refere Valente são os problemas de qualidade da rede da TIM. Nos últimos dois anos, ela foi obrigada a parar de vender suas linhas em diversos Estados, como Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas. Neste ano, a operadora italiana também ficou à frente da Telefônica no ranking de reclamações da Fundação de Defesa e Proteção do Consumidor de São Paulo (Procon-SP). Depois de seis anos na liderança da lista, a Telefônica deixou essa incômoda posição. “A Telefônica assumiu o compromisso de reduzir os problemas e está conseguindo atender de maneira mais adequada em seus próprios canais”, diz Paulo Góes, diretor-executivo do Procon-SP. A Telefônica montou uma verdadeira operação de guerra para reverter sua imagem negativa.

Primeiro, simplificou a oferta de serviços. Se havia dez tipos diferentes, optou por oferecer apenas um. Depois, reforçou a confirmação do que foi contratado. Por fim, a companhia resolveu adotar uma medida inusitada: contratou o serviço de quatro institutos de meteorologia. Assim, sabia quando haveria temporais que poderiam afetar suas redes e também dificultar a movimentação das equipes técnicas até a casa dos clientes. “A previsão do tempo entrou no nosso planejamento”, afirma Valente. Caberá agora a esse engenheiro, hoje com 59 anos, formado pela PUC-RJ, torcer para que, com a ajuda do serviço meteorológico, consiga manter a companhia à prova de chuvas e trovadas.  Para que isso ocorra, os espanhóis prometem não economizar. Até 2014, Valente tem para investir no País nada menos de R$ 24,3 bilhões, mais de 50% do desembolsado nos quatro anos anteriores.

O 3G chega aos grotõesO ônibus serpenteia as montanhas de Minas Gerais, em direção a Catas Altas da Noruega, cidade com 3,5 mil habitantes, a 140 quilômetros de Belo Horizonte, onde será inaugurada uma antena de telefonia 3G da Vivo. “Quando chegar lá, você vai conhecer o Brasil real”, afirma Antonio Carlos Valente, presidente do grupo Telefônica, para mim, referindo-se ao grotão mineiro. Ao desembarcar em Catas Altas, o prefeito Giovane Neiva recebe Valente com um largo sorriso. Cerca de 200 pessoas, que comem pipocas e algodão doce distribuídos gratuitamente, esperam pelo início da solenidade, realizada ao pé na nova torre 3G, que receberá o nome de Euclides Felicidade Bandeira, um cidadão catas-altense, que morreu com 95 anos de idade.

“É como se estivéssemos trocando um carrinho por um carrão”, diz Neiva à DINHEIRO, em uma referência à tecnologia 3G, que permite acesso à internet pelo celular. Valente é o primeiro a falar. “Nas cidades grandes, todas as operadoras estão; nas médias, algumas estão; mas nos pequenos municípios só a Vivo está”, diz ele, sob os aplausos dos presentes. A viúva de Bandeira, dona Maria da Conceição, é chamada para descerrar a placa de inauguração da antena (foto acima). Ela sobe ao palco com os olhos marejados e as mãos entrelaçadas e trêmulas. Rojões espocam no céu. “Viu como é o Brasil real?”, comenta antes de se dirigir para o campo de futebol de Catas Altas e embarcar em um helicóptero que a levará para o aeroporto de Confins,  de onde seguirá para Vitória.

Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/80475_SAI+TELEFONICA+ENTRA+VIVO

sexta-feira, 30 de março de 2012

Anatel acelera regulamentos de áreas rurais e PGMU

A área técnica da Anatel corre para concluir, até o início da próxima semana, a análise das contribuições dos regulamentos que tratam das metas de universalização e da oferta de serviços na área rural. O objetivo é permitir que o Conselho Diretor tenha ambos prontos antes da votação do edital das faixas de 450 MHz e 2,5 GHz, marcada para 12 de abril.

“Temos interesse que o Conselho, ao avaliar o edital [450MHz/2,5 GHz], tenham também o regulamento do PGMU e do serviço fora da ATB [Área de Tarifação Básica] ”, prometeu o superintendente de Universalização da agência, José Gonçalves Neto.

Portanto, completa ele, “ainda na próxima semana, talvez na terça-feira, vamos mandar para a Procuradoria”. A conta, assim, é de que antes de 12/4, data em que o Conselho Diretor pretende votar o edital, os dois regulamentos estejam à disposição do relator.

O prazo, na verdade, é curto, uma vez que as consultas públicas sobre as duas propostas de regulamentos foram encerradas na última quarta-feira, 28/3. A própria publicação do edital já atrasou, uma vez que, pelo Decreto do PGMU 3, até 30 de abril deste ano a licitação deveria estar concluída.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=29867&sid=8

Fixo/Móvel: Oi sustenta ação judicial contra Anatel

A Oi não está disposta a abrir mão de ir à justiça para pleitear o que considera um direito constitucional. A afirmativa foi feita pelo presidente da concessionária, Francisco Valim, durante a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2011, nesta sexta-feira, 30/03.

Na teleconferência com a imprensa, Valim ao ser questionado sobre a ação judicial impetrada pela tele contra a Anatel, foi taxativo. "Não temos nenhum litígio com a Anatel. O que acontece é um direito nosso de pleitear um reajuste de tarifa. É isso que estamos fazendo. Não estamos discutindo tarifa de interconexão", sustentou.

A Oi obteve na justiça um de reajuste de sua tarifa fixo/móvel em 2,6%. O reajuste, de acordo com a Anatel, contrapõe-se à queda de 10,78% estabelecida pela agência, com validade prevista a partir de 24 de fevereiro. O órgão regulador já recorreu dessa decisão, mas ainda não obteve liminar favorável.

Sobre o 4G, o leilão está previsto para junho, a Oi deixa claro que vai participar, mas adota um tom bastante cauteloso. A tele quer conhecer as regras, em especial, as definidas para cobertura. "Temos dinheiro em caixa, mas precisamos entender a parte de cobertura, de metas, que são pontos críticos. As regras do jogo ainda não estão definidas e não sabemos quanto a Anatel vai atender da consulta pública", disse Valim. As teles cobraram de forma veemente, por meio do SindiTelebrasil, a desvinculação do 2,5GHz do 450 MHz, mas, até agora, a agência reguladora se dispõe a não fazer essa separação.

Indagado ainda sobre a distância da Oi para as suas rivais, em especial, na área móvel, Valim reforçou que a Oi é a última entrante e que, em São Paulo, por exemplo, onde está atuando há pouco mais de três anos, já detém 20% do market share. A tele reforçou, em 2011, os investimentos em 3G no interior de São Paulo e nos estados do Sul.

E os números financeiros provam que houve no 4º tri do ano passado uma retomada dos aportes - foram investidos R$ 2,123 bilhões, 43% do total aportado. Ao longo do ano passado, a Oi investiu R$ 5 bilhões. Para 2012, Valim não quis antecipar cifras. Os números serão conhecidos no Investidor Day, agendado para 17 de abril, no Rio de Janeiro.

Ainda com relação aos resultados financeiros, em outubro do ano passado, a Oi reestruturou a forma de conduzir os negócios, passando a adotar uma visão segmentada por cliente (Residencial, Empresarial/Corporativo e Mobilidade Pessoal) e não mais por produto. Este movimento, explicou a Oi, teve por objetivo alavancar o aumento da participação dos serviços da Oi no total de consumo de telecomunicações das residências e das empresas, posicionando a companhia como uma provedora de soluções completas para os clientes.

Do total de UGRs - Unidades Geradoras de Receita, contabilizadas pela Oi - 69,5 milhões - 17,8 milhões estavam no segmento Residencial, 43,3 milhões no segmento Mobilidade Pessoal e 7,8 milhões no segmento Empresarial/Corporativo. Do ponto de vista de divisão de receita, o residencial responde por 40%, o empresarial/corporativo, por 30% e o de mobilidade pessoal fica com os demais 30%, revela o diretor de Finanças da tele, Alex Zornig.

Balanço

No quarto trimestre de 2011, a tele sofreu uma queda anual de 80% no lucro líquido - R$ 141 milhões , com redução de receita e em meio aos esforços para simplificar sua estrutura societária. O lucro anual de R$ 1 bilhão, ficou bem abaixo do registrado em 2010 - R$ 1.971 bilhão.

Segundo ainda o balanço financeiro, a receita líquida no último trimestre do ano passado foi de R$ 6,958 bilhões, uma queda de 4,65% em relação aos R$ 7,298 bilhões do mesmo período de 2010. No ano, houve queda de 5,3% na receita líquida, que recuou de R$ 29,479 bilhões em 2010 para R$ 27,907 bilhões em 2011.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no ano apresentou retração de 14,9%, passando de R$ 10,295 bilhões para R$ 8,766 bilhões. No quarto trimestre, o Ebitda teve 19,24% de queda ante o mesmo período do ano anterior, passando de R$ 2,276 bilhões para R$ 1,838 bilhão.

A margem Ebitda recuou 3,5 pontos porcentuais, de 34,9% em 2010 para 31,4% no ano seguinte. No quarto trimestre de 2011, a queda da margem Ebitda em relação ao mesmo período do ano anterior foi mais acentuada: de 31,2% para 26,4%. A dívida líquida recuou 12,7%, de um ano para o outro, passando de R$ 18,711 bilhões em 2010 para R$ 16,326 bilhões em 2011. No quarto trimestre, a dívida líquida caiu de R$ 18,711 bilhões para R$ 16,326 bilhões, uma queda de 12,74% ante o mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=29858&sid=8

Tablets seguem na dianteira em lista de consumo de bens duráveis dos brasileiros

Número de aparelhos vendidos aumentou 815,3% em um ano, deixando para trás televisores, notebooks e videogames

Aparentemente os dias em que o sonho de consumo do brasileiro era a televisão estão ficando cada vez mais distantes. Um estudo publicado pelo grupo GfK, especializado em pesquisas de mercado, apontou que os tablets agora ocupam a liderança na intenção dos consumidores, o que levou a um aumento de 815,3% nas vendas.

Mas a grande surpresa ficou por conta dos aspiradores de pó, com alta de 32,7% no faturamento. Outros produtos com crescimento relevante em 2011 na comparação com 2010 foram notebooks (23,7%), TV de tela fina (22,5%), videogames/consoles (33,8%), câmeras digitais (18,6%), refrigeradores (8,1%) e lava roupas (22%). Só o mercado de eletroeletrônicos faturou R$ 81,9 bi no ano passado, um aumento de 14,1% se comparado a 2010.

A auditoria realizada em cerca de 11 mil pontos de varejo mostra que, se somadas as categorias de brinquedos, calçados esportivos e filmes, o montante de vendas no Brasil alcançou R$ 101,3 bi. Segundo a gerente de negócios – varejo da GfK CC, Simone Aguiar, em eletro as linhas de produto com maiores percentuais de crescimento na relação 2011 versus 2010 foram: Ar condicionado (22,5%), linha branca (16,4%) e foto (17,2%).

É no canal generalista (lojas de departamentos, hipermercados/supermercados e e commerce) que estão os percentuais de crescimento mais acentuados em todas as linhas de produto. Telecom, por exemplo, subiu 53% em 2011 .

Fonte: http://www.telesintese.com.br/index.php/plantao/18915-tablets-seguem-na-dianteira-em-lista-de-consumo-de-bens-duraveis

Lucro da Oi recua 80%, para R$ 141 milhões no quarto trimestre

O grupo Oi de telecomunicações alcançou lucro líquido de R$ 141 milhões no quarto trimestre de 2011, recuo de 80% frente aos R$ 750 milhões apurados um ano antes. Na soma dos 12 meses do ano passado, a empresa teve lucro de R$ 1 bilhão, praticamente a metade do R$ 1,971 bilhão apurado no exercício anterior.

A geração de caixa da companhia, medida pelo EBITDA, caiu 36,8%, alcançando R$ 524 milhões, à medida que no quarto trimestre de 2010 este indicador chegou à casa dos R$ 829 milhões. Pela mesma base de comparação, a margem EBITDA caiu de 33,1% para 23,4%. No consolidado de 2011, o EBITDA da Oi retraiu 25,7%, encerrando o período contábil em R$ 2,612 bilhões. Em igual intervalo do ano anterior a cifra alcançou R$ 3,516 bilhões.

Já a receita líquida da companhia apresentou redução de 5,3%, para R$ 27,909 bilhões. Ao final de 2011 o Grupo Oi tinha disponível em caixa R$ 13,4 bilhões, 19,6% mais do que o registrado em dezembro de 2010. Neste período a dívida líquida da empresa recuou 12,8%, para R$ 16,3 bilhões.

Fonte: http://www.mobiletime.com.br/30/03/2012/lucro-da-oi-recua-80--para-r-141-milhoes-no-quarto-trimestre/270618/news.aspx

VoIP via cabo nos EUA deve sofrer retração, alerta pesquisa

As operadoras de cabo dos EUA, que há anos vêm acumulando receita com serviços de VoIP, enquanto as concorrentes tradicionais viam os serviços de telefonia fixa caírem vertiginosamente, podem sofrer do mesmo problema em breve. Um relatório recente da Standard & Poors (S&P) prevê que a pressão econômica, o aumento dos preços e a saturação do mercado podem estar levando os consumidores a desligarem também seus telefones via cabo.

E a culpa pode não ser dos serviços de VoIP, mas sim do alto custo dos serviços de tevê por assinatura. Segundo a S&P, 80% dos lares americanos têm um serviço de televisão pago, pelo qual desembolsam cerca de US$ 135 por mês. Os consumidores podem estar abandonando serviços dos pacotes para manter o entretenimento intacto.

A S&P disse que o crescimento do setor de VoIP via cabo deve frear e sofrer queda considerável nos próximos meses, possivelmente refletindo a erosão da receita que as empresas de telecomunicações têm visto em sua rede de telefonia fixa ao longo da última década. As perdas, segundo a pesquisa, serão impulsionadas por novas opções tecnológicas como VoIP de baixo custo, Skype e a telefonia sem fio.

Mesmo com as operadoras de cabo aumentando o número de linhas VoIP nos últimos trimestres, o crescimento desacelerou. A probabilidade é que o boom da tevê a cabo residencial tenha chegado ao fim, conforme os consumidores se voltam para smartphones e outras opções de VoIP.

Assespro alinha diretrizes para atuar frente ao setor de TI

Evento aconteceu entre os dias 26 e 27 de março, em Brasília, e contou com workshops, debates sobre eventos do segmento, além de visita ao governo do Distrito Federal

O último dia 27 de março marcou o encerramento do primeiro Encontro Nacional da Assespro em 2012, realizado pela Assespro Nacional (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação).

Durante dois dias, representantes das regionais da entidade e associados discutiram em Brasília o planejamento da Associação e os principais temas em voga no atual cenário do mercado de tecnologia da informação e comunicação do país.

Para a agenda do encontro foram programados dois workshops, a reunião do Conselho Administrativo da Entidade, a primeira reunião do Comitê Organizador da GPPS 2013, a Cúpula Mundial de Políticas Públicas em TI, o evento global que ocorrerá no Brasil no segundo semestre de 2013, além de uma visita ao governo do Distrito Federal.

A reunião do Conselho Administrativo ainda marcou a decisão da proposta da candidatura de Brasília para sediar o Congresso Mundial de TI de 2016, evento da WITSA (World Information Technology and Services Alliance), a federação mundial das entidades de Tecnologia da Informação.

Inclusive, a proposta da candidatura foi apresentada ao governador do estado, Agnelo Santos Queiroz Filho, contando com a presença de Jim Poisant, Secretário Geral da WITSA, que manifestou pessoalmente o apoio que dará à candidatura, e entregou uma carta formal assinada junto com os secretários de Ciência e Tecnologia e de Turismo do Governo do DF.

Ao final do primeiro Encontro Nacional da Assespro em 2012, o Presidente da Entidade, Luís Mário Luchetta, faz um balanço positivo dos três dias. “Conseguimos gerar debates em governança, finanças, estatuto, propostas de fusão com outras entidades, além dos próximos eventos de grande porte, como as edições de 2012 e 2013 da feira iTech, e da GPPS 2013. É importante sempre estarmos engajados e comprometidos no fortalecimento da entidade e na prestação conjunta de serviços ao setor de TI”, finaliza.

Fonte: http://www.itportal.com.br/index.php?option=com_noticias&task=visualizar&acao=completo&id=3428

Tarifação: Um desafio para teles móveis

O setor de telecom precisa ficar atento ao uso de sistemas de billing - tarifação - inadequados. Em 2011, mundialmente, as falhas nessa área resultaram num prejuízo de US$ 58 bilhões para as teles móveis, adverte estudo da Juniper Research.

E o problema está longe de ter uma solução. Tanto que a consultoria alerta que nos proximos cinco anos, há uma grande possibilidade de incremento - até cinco vezes - nas perdas, caso as teles não implementem medidas de correção.

De acordo com a Juniper, as dificuldades acontecem em função da necessidade, cada vez maior das teles, de integrar diferentes dispositivos aos seus sistemas de tarifação, quando, ao mesmo tempo, lidam com o incremento de tráfego em suas redes.

Segundo o relatório da consultoria, hoje, os sistemas de billing não conseguiram responder com precisão e capturar com eficiência o grande volume de transações nas redes.

Para minimizar as perdas - de forma a alcançar um percentual de 4% no total da receita - a Juniper recomenda a implementação de ssoluções automatizadas que oferecem uma visibilidade completa da cadeia de valor.

quinta-feira, 29 de março de 2012

E quando a adoção de ERP fracassa?

Não é raro ouvir empresas que passaram por casos de falhas em suas implementações de ERP. Enquanto projetos de adoção de sistemas de gestão empresarial apresentam problemas por motivos diversos, cada incidente desencadeia um conjunto de repercussões problemáticas, financeiras entre outras. TI, é claro, é a primeira a receber chamados para realizar os reparos. Mas o CFO raramente sabe o que está acontecendo.

“Todos os caminhos levam para o lado financeiro”, afirma Mark Gandy, sócio da b2bcfo.com, empresa que oferece serviços financeiros para as empresas. “O CIO geralmente fica envolvido com as questões tecnológicas... mas CFOs têm ampla compreensão de todo o negócio”, pontua o executivo.

China Martens, analista da Forrester Research, diz que os clientes estão insatisfeitos por promessas não cumpridas de uma série de fornecedores de ERP.

“É como se a empresa e o fornecedor falassem línguas diferentes”, observa a analista. “Por vezes, os fornecedores de ERP supervalorizam a venda e acabam prometendo atividades que não podem cumprir. Outras, a empresa não é clara sobre o objetivo que quer atingir.”

Nesse ponto, os diretores financeiros que estão envolvidos na seleção da tecnologia e no processo de implementação ajudam a atenuar os problemas que podem comprometer as operações e a geração de renda. Além disso, os CFOs trazem uma perspectiva global da companhia para o processo, uma vez que eles entendem como cada departamento opera e contribui para os negócios.

Três exemplos, entre os muitos que falharam, mostram parte do desenho do ERP hoje. Um deles é a Montclair State University, localizada em Nova Jersey, nos Estados Unidos. A instituição processou o fornecedor após o vendedor supostamente ter atrapalhado a instalação do software para substituir os sistemas legados. Agora, a Montclair State precisar investir cerca de 20 milhões de dólares para finalizar o trabalho, de acordo com a ação judicial.

O CareSource Management Group, administrador de planos de saúde, está pedindo 1,5 milhão de dólares em danos ao fornecedor, de acordo com um processo judicial, em caso semelhante. A CareSource alegou que o software adquirido não era o sistema que o fornecedor prometeu e nunca avançou além da fase de testes.

Uma distribuidora de tecnologia atribuiu consecutivas perdas de rendimentos trimestrais a problemas de configuração de um sistema de ERP na Austrália. Os lucros da empresa no primeiro trimestre de 2011 caíram de 70,3 milhões de dólares para 56,3 milhões dólares em comparação com igual período de 2010. Os rendimentos do segundo trimestre de 2011 foram de 59,7 milhões dólares, em comparação com os 67,7 milhões dólares registrados no segundo trimestre de 2010.

Gandy se junta à lista de executivos que recentemente enfrentaram desafios na adoção de ERP. Um de seus clientes comprou o software e, em seguida, descobriu que precisaria de um ERP específico alinhado à indústria de atuação. A empresa contratou um segundo integrador de sistemas para a implementação e depois de ter tido uma experiência ruim com o parceiro, o cliente voltou à Gandy para concluir o trabalho.

“Normalmente, a organização migra para um sistema no qual confiou, que tem escalabilidade e feedback imediato”, assinala. “É por isso que é preciso haver metas muito claras, porque é necessário pensar na tecnologia como vital para a estratégia corporativa”, avalia.

Observar essa perspectiva de negócios no longo prazo é especialmente importante para os CFOs, já que o ERP deve crescer para atender a futuras metas da companhia, aponta China. Uma abordagem míope pode forçar uma organização a aposentar prematuramente um sistema de ERP, o que, segundo a analista, poderia levar ao questionamento do CFO por outro investimento de milhões de dólares. Gandy concorda dizendo que as empresas não deveriam ter de substituir um ERP com menos de cinco anos de idade.

O software de uma companhia deve manter-se produtivo e ser a força motriz por trás de todas as suítes de ERP que estão ligadas a ele, avalia Gandy. Considerar um fornecedor da tecnologia porque os executivos de negócios ouviram conversas sobre suas ofertas, ou supor que a tecnologia é boa “são razões erradas”, completa. Conhecer detalhes de como funciona o negócio é vital quando cada tecnologia em torno do ERP precisa ser adaptada.

“A companhia usuária não quer uma lacuna entre o ERP e o que os negócios precisam”, afirma China. Organizações precisam “minimizar esse gap, mas também devem ser realistas sobre o que é necessário ser feito para mudar esse quadro”. De acordo com a analista, essa movimentação pode exigir investimento adicional para personalizar o produto. Por outro lado, as empresas também querem evitar a customização excessiva da solução. Isso leva à compra de um software que vai deixar os CFOs insatisfeitos e fazer com que eles não o utilizem e não apostem na ferramenta, acredita China.

Além de examinar os processos internos, as empresas que estão em busca do produto devem rever alguns dos projetos concluídos de um fornecedor para verificar histórias de sucesso. Gandy aconselha que o futuro cliente visite algumas organizações e identifique se existem problemas.

“Isso vai garantir que um problema não aconteça? Não”, afirma Gandy. Mas ao fazer a escolha baseada nessa premissa, “certamente pode minimizar os desafios e até impedir determinada escolha de ERP.”

“Os fornecedores prometem tudo, mas se você conversar com outros clientes, buscando comentários imparciais, poderá ter uma noção do produto porque eles irão te dizer exatamente o que ele faz para os negócios”, assinala China.

Depois de selecionar um fornecedor e avançar para as negociações do contrato, evite cobranças de hora em hora, acrescenta Gandy. “Eu odeio a cobrança”, esbraveja. “Você não está pagando por assentos. Está pagando por resultados.” Em vez disso, estabeleça um plano de pagamento para alcançar os objetivos do projeto determinado pelo vendedor e pela empresa.

Isso oferece uma “linha do tempo muito sólida do trabalho que deve ser realizado, ajudando na identificação de prazos quando não forem cumpridos”, aponta o executivo. O pagamento por resultados, prossegue, permite que a empresa conclua projetos antes de cortar um fornecedor.

A corrida para a nuvem, porém, obrigou os vendedores tradicionais de ERP a desenvolver estratégias inovadoras de implementação. E executivos de finanças podem gostar dessa oferta, projeta China. Fornecedores de ERP inseriram em suas ofertas pacotes que cobrem todos os componentes de uma implementação por um preço fixo, apontando os benefícios de uma adoção mais rápida e barata.

“Eles tentam empacotar software, serviços, capacitação e compromisso com a implementação para tentar atingir as diferentes pontas das organizações”, diz ela.

Na visão de Gandy, quando levadas em consideração as vantagens e desvantagens de várias opções de ERP, funcionalidade global é fator decisivo. Essa característica vai aumentar o custo, mas o investimento extra significa retorno que pode ser observado no longo prazo. “É um valor que vale a pena, pois a solução fará parte das operações das empresas de dez a vinte anos.”

Dicas para uma boa implementação
Algumas perguntas vitais que devem ser feitas antes de projetos de ERP.

1) O aplicativo que você está revendo já tem funcionalidades específicas da vertical de atuação e é configurável da forma que você precisa para estar em linha com os objetivos de negócios? Será que a tecnologia vai ser capaz de fazer o que você solicitará? Vai atender às necessidades dos usuários?

2) O fornecedor e seus parceiros possuem referências de empresas e indústrias como a sua? Eles terão de fazer qualquer customização? Qual é o nível de personalização que isso implicará? O que eles tem que fazer?

3) A mudança de sistema ou implementação de uma nova tecnologia será uma iniciativa liderada pelo CIO ou uma demanda de negócios levou a avaliação da ferramenta? Se você tem patrocínio forte da área de negócios, pode estabelecer uma gestão maior de mudança, o que significa menos customizações. Isso acontece porque você tem um mentor do lado dos negócios que reforça para as pessoas que esse é o caminho certo para a empresa seguir.

Três lições para transformar desafios em sucesso
1) Ter equipe esperando trabalho é melhor do que ter trabalho esperando: evitar a todo o custo que etapas do projeto sejam adiadas porque o pessoal não estará disponível para trabalhar na próxima tarefa. Sem trocadilhos, tal atraso desencadeia reação em cadeia nas tarefas seguintes. O caos se instala, e cada início tardio faz com que as linhas de tempo de toda a cadeia dependente de tarefas passe a ser imprevisível.

2) Multitarefa é mais prejudicial do que imaginamos: as empresas que não compreendem a importância da lição número 1, inevitavelmente tentam maximizar o uso de pessoal. Parece fazer sentido. Afinal, qualquer hora paga a um empregado para não fazer nada soa como desperdício. O problema é que a maioria das tentativas de maximizar a utilização pessoal faz mais mal do que bem.

Apesar de as pessoas terem a sensação de que conseguem executar várias tarefas ao mesmo tempo com a mesma eficácia, na prática isso não funciona. A cada 50 profissionais, apenas um tem condições de efetivamente focar em várias atividades ao mesmo tempo. O restante altera a atenção, o que compromete eficiência e produtividade.

Manter os funcionários ocupados significa insistir na multitarefa. O que a palavra realmente significa é ter de mudar de uma tarefa para outra, muitas vezes de forma imprevisível. Pergunte a qualquer pessoa cujo trabalho requer esforço concentrado que impacto isso tem. A resposta será uma só: ruim. Cada opção significa voltar a atenção para a tarefa e tempo para se reorientar. Esse processo não é nem fácil nem instantâneo.

A lição é clara: permitir que os funcionários terminem o que começaram, mesmo que isso signifique que eles fiquem, ocasionalmente, sem nada para fazer. Eles serão muito mais eficazes e produtivos.

3) Elimine “bajulações”: é importante que todos saibam quando atingiram o status “bom o suficiente”. Antes de cada tarefa, o time da companhia fornece os critérios para avaliação do resultado. E comunica a importância de evitar “qualquer tipo de bajulação” com frequência. Ao longo da execução, compartilha com os funcionários suas impressões, constantemente, com o objetivo de levá-los a se esforçarem para encontrar maneiras de fazer o que estão fazendo de forma ainda melhor.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/gestao/2012/03/26/e-quando-a-adocao-de-erp-fracassa/

Big Data: nova fronteira para inovação e competitividade

O termo Big Data, utilizado para descrever grandes volumes de dados, ganha cada vez mais relevância à medida que a sociedade se depara com um aumento sem precedentes no número de informações geradas a cada dia. De acordo com a consultoria IDC, a quantidade de informação digital chegará a 2,7 zettabytes no mundo em 2012, um aumento de 48% em relação ao ano anterior.

A abordagem tradicional para Big Data se apoia na utilização de funcionalidades analíticas capazes de lidar com esse elevado volume de dados, ajudando as companhias a obter informações preciosas relacionadas à vantagem competitiva, diferenciação no relacionamento com o cliente e atuar no mercado com maior margem de acerto em suas decisões. Mas o desafio não se restringe apenas ao volume, mas na forma com a qual estas organizações se movimentam para lidar também com a variedade de formatos, a velocidade e a volatilidade dos dados.

Atualmente, cerca 15 petabytes de dados são gerados diariamente tanto em dados estruturados – àqueles provenientes de bancos de dados e sistemas de gestão empresarial, por exemplo – e os não estruturados, compostos por vídeos, comentários em redes sociais, conteúdo de blogs e dispositivos móveis. Atuar de forma estratégica em Big Data tem sido rotulado em adotar estratégias que avaliem, especialmente, os dados não estruturados e que estão fora do alcance dos sistemas convencionais de TI.

Para se ter uma ideia da complexidade dos dados não estruturados, imagine que um único segundo de vídeo em alta definição gera duas mil vezes mais bytes que uma página de texto. Desta forma, capturar, manusear e analisar este conteúdo se torna um grande desafio.

Para gerenciar esse complexo cenário são necessários bancos de dados de elevada capacidade e um rápido manuseio e tratamento analítico destas informações, em alguns casos, em tempo real. O mercado de capitais e ações, por exemplo, já atingiu a marca de mais de um milhão de transações por segundo e requer modelos de aplicações capazes de administrar, em tempo real, a distribuição de cargas de trabalho associadas a sofisticados algoritmos.

Porém, um dos maiores equívocos que identifico na abordagem do Big Data é referente às organizações que se limitam apenas a uma das vertentes, aplicando técnicas analíticas apenas aos dados estruturados, ou apenas aos dados não estruturados.

Aproveitar todo o potencial de um mundo analítico, conectado e integrado vai exigir um resgate das disciplinas tradicionais de gestão e integração de dados, atividade que conhecemos em TI como governança de dados. Estudos apontam que uma boa prática de governança de dados, aliada a funcionalidades de inteligência analítica, permitem uma maior eficiência operacional e asseguram boas decisões de negócios a partir da integração de dados e informações devidamente contextualizadas.

Big Data, Big Patterns

Ao falar de Big Data não estamos falando apenas de elevado volume de dados. As empresas que trabalham com a tecnologia de algoritmos, por exemplo, já se movimentam fortemente em busca de ‘Big Patterns’, ou grandes padrões que estão por trás do dado em si.

A tendência de procurar similaridades e sobreposição de informações já toma forma em muitos setores do meio acadêmico e empresarial para resolver diversos problemas no cruzamento de conteúdo. O exame minucioso de uma célula em nano escala, por exemplo, já tem causado o conflito de dados provenientes de diferentes disciplinas, como biologia, química e física.

Empresas que adotam tecnologias analíticas em grande escala procuram semelhanças entre um campo e outro, buscando um meio comum para a análise. O verdadeiro truque aqui é fazer essa sobreposição dos dados de maneira econômica e eficiente. Quando se trata de algoritmos, ao desenvolver uma rede de energia, por exemplo, é possível utilizar a mesma tecnologia para a criação de um sistema de abastecimento de água. Até mesmo o trânsito pode ser gerenciado a partir dos mesmos algoritmos já que, da mesma forma que a água e a eletricidade, ele só tem valor quando flui de forma eficaz.

Embora pareça muito atraente a possibilidade de tudo tornar-se interconectado, esta abordagem traz uma série de desafios. O modelo de laboratórios de pesquisa aliado ao trabalho de matemáticos e técnicos em TI tem sido importante no progresso científico e no desenvolvimento de tecnologias cada vez mais inovadoras, comprovando que muito mais importante do que o cruzamento de tecnologias e dados será, cada vez mais, promover o cruzamento de mentes.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/blog/mercado/2012/03/28/big-data-nova-fronteira-para-inovacao-e-competitividade/

Seae vê problemas concorrenciais na proposta de tarifação da telefonia rural

Vencedor do leilão da faixa de 450 MHz, que será detentor da infraestrutura para prestação do serviço, poderá elevar custos do rival, avalia.

A proposta de regulamento de tarifação da telefonia na área rural, cuja consulta pública foi encerrada na Anatel à meia noite de ontem, pode ter práticas anticompetitivas, na opinião da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda. A preocupação é com a possibilidade de abuso de posição dominante na fixação do Valor de Meios Adicionais (VMA) pelo vencedor do leilão da faixa de 450 MHz.

Isso porque o valor do VMA é o principal item de cálculo da tarifa do STFC rural, cuja cobrança recai sobre o usuário originador da chamada, sendo seus valores integralmente repassados às prestadoras de telefonia fixa. A Seae ressalta que é a empresa vencedora do leilão da frequência de 450 MHz que será detentora da frequência mais adequada à prestação do serviço de telefonia em áreas rurais e da infraestrutura física a ser construída a partir dos incentivos gerados pelo edital de licitação. “Claramente, o regime regulatório opta pela criação de um agente detentor de infraestrutura essencial e, portanto, de incontestável poder de mercado”, avalia.

Para evitar problemas concorrenciais, a secretaria recomenda que a Anatel faça prever – se não neste regulamento, em outro que derive do edital de outorga da frequência de 450 MHz – mecanismos que, nos termos estabelecidos no Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU 3), garantam a supervisão da agência, para que haja o fornecimento de infraestrutura a baixo custo às prestadoras sujeitas às metas de acesso rural. “Essa providência visa evitar que o detentor da essential facility adote práticas de elevação dos custos do rival, ou de compressão de preços e margens (price/margin squeeze) que alijem os concorrentes do mercado em detrimento do consumidor final”, argumenta.

Por outro lado, alerta a Seae, é imperativo que, conforme já consolidado na doutrina da essential facility, a obrigação de compartilhamento não imponha ao detentor dos meios a redução da qualidade da oferta dos seus próprios serviços, ou represente desincentivo ao reinvestimento. A secretaria critica também a opção pelo regime de licença como requisito de operação neste mercado e pela manutenção do regime de controle de preços de bens ou serviços. “Entendemos que a transição de um mercado totalmente regulado para a desregulamentação total não se enquadra nos critérios de conveniência e oportunidade para o regulador”, sustenta.

Fonte: http://www.telesintese.com.br/index.php/plantao/18892-seae-ve-problemas-concorrenciais-na-proposta-de-tarifacao-da-telefonia-rural

Banda larga para o Brasil inteiro será possível com lançamento de novo satélite

A cúpula dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) se reúniu na quarta-feira, dia 28, em Nova Delhi na Índia. O Ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp anunciou uma importante novidade para o desenvolvimento da tecnologia banda larga neste evento.

O Brasil prepara o lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para proporcionar banda larga a todos os municípios do país. O país busca na Índia uma cooperação técnica para o satélite. A construção e o lançamento têm um custo avaliado de R$ 750 milhões. O planejamento e a construção sob responsabilidade da Telebras e da Embraer são forçados agora.

“Vamos fazer um concurso internacional que abre a possibilidade a uma cooperação tecnológica importante”, disse o ministro. O satélite de comunicação dará opção a todos os municípios brasileiros a acessar a banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G. O ministro não opinou sobre a relação entre a tecnologia 3G e a nova tecnologia 4G, que já está disponível no pais e agiliza ainda mais a telefonia e o internet.

Fonte: http://brasil-internet.com/news/1414-banda-larga-para-o-brasil-inteiro-sera-possivel-com-lancamento-de-novo-satelite/

CYLK e A10 Networks selam parceria

A CYLK, integradora de soluções de TI e Telecom, anuncia parceria com a A10 Networks, empresa líder em tecnologia de Application Networking e Migração IPv6. Há dois anos no Brasil, a A10 se une à CYLK com a missão de prover equipamentos de alta performance para balanceamento de links e aplicações.

Com público-alvo composto principalmente por clientes do mercado Enterprise e Service Provider, as empresas atenderão a demanda destes segmentos por soluções avançada, visando praticidade, controle e economia.

A CYLK irá trabalhar com as duas linhas de produtos disponíveis da fabricante norte-americana, que são: AX (gerenciadores avançados de tráfego) e EX (Gerenciamento de banda com identificação dos relatórios).

Os equipamentos da A10 aumentam a disponibilidade e proporcionam melhor utilização da infraestrutura de TI. Desta forma, as companhias podem adotar uma estratégia de contingência adequada, tornando o sistema menos sensível a falhas, diminuindo, assim, o custo total de propriedade.

Além de fornecer toda a projeção da infra-estrutura tecnológica, a CYLK – escolhida por sua qualificação técnica acima da média do mercado, tanto na especificação do projeto (pré-venda), quanto na entrega (pós-venda), também ministrará treinamentos para clientes e parceiros.

“Ainda no primeiro trimestre deste ano, a CYLK será um centro oficial de treinamento da A10 Networks no Brasil. Estamos orgulhosos em poder colaborar com a empresa no fornecimento de tecnologia e capacitação de clientes. Com a parceria nos tornarmos ainda mais completos na oferta de soluções.”, diz Rodrigo Larrabure, Diretor Comercial da CYLK.

“Estamos muito entusiasmados por poder contar com a CYLK como nosso parceiro. Trata-se de uma empresa que dispõe de serviços altamente qualificados, além de uma equipe com amplo conhecimento das soluções da A10 e que entende as reais necessidades de nossos clientes”, declara Alex Silva, diretor para América Latina da A10 Networks.

A pretensão da integradora é de que os produtos A10 e serviços associados sejam responsáveis por pelo menos 10% do faturamento da empresa em 2012.

Sobre a A10 NetworksA A10 Networks foi fundada com a missão de prover soluções inovadoras de rede e segurança. A A10 Networks desenvolve produtos de alta performance, que ajudam as organizações a acelerar, otimizar e proteger as suas aplicações. A A10 Networks está sediada no Vale do Silício, com escritórios nos Estados Unidos, Reino Unido, França, Holanda, Alemanha, Brasil, Japão, China, Coréia e Taiwan. Para obter mais informações, visite: http://www.a10networks.com

ACOS, aFleX, aXAPI, aVCS, Virtual Chassis, SoftAX, SmartFlow e  aFlow são marcas registradas da A10 Networks.

Fonte: http://www.tinews.com.br/news/2012/03/28/cylk-e-a10-networks-selam-parceria/

Cobranças indevidas representam 60% das reclamações registradas no Procon

 A cada dia, pelo menos 54 pessoas procuram o Procon de Bauru para reclamar de cobranças indevidas em contratos de financiamentos, contas de água, energia, telefone, cartões de débito e de crédito. Por mês, o número de queixas chega a 1.620, que correspondem a 60% do total de atendimentos, segundo informações prestadas pelo órgão.

Na tarde de ontem, o diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, afirmou que as cobranças indevidas permanecem como o principal entrave das relações de consumo não apenas no município, mas também no restante do País. Em visita a Bauru para inaugurar o Núcleo Regional do Procon (leia mais abaixo), ele apresentou uma pesquisa que revelou que 52% dos moradores da cidade já foram alvo deste tipo de problema.

De acordo com ele, o principal tipo de débito abusivo ocorre em financiamentos de veículos, onde as empresas podem cobrar taxas de retorno (comissão que a financeira repassa aos vendedores de carros e é embutida no valor total do bem), de abertura de crédito e até mesmo para emissão de boletos. “São tarifas que o Procon considera totalmente abusivas”, ressalta Góes.

Os consumidores reclamam ainda de valores desconhecidos na fatura do cartão de crédito e de débito, em extratos bancários e contas de telefonia, além de quantias muito acima da média mensal cobradas nos boletos de consumo de água e energia elétrica. A secretária Laura Colazelli Guerreiro, 45 anos, por exemplo, já foi cobrada por ligações telefônicas para números de cidades que ela nem mesmo conhece.

“Uma vez, a conta do meu celular veio com uma ligação que teria sido feita dentro de um avião. E eu não havia feito voo nenhum. Reclamei no Procon e a empresa retirou a cobrança e enviou um novo boleto”, comenta.

O marido, o bacharel em direito Cláudio Jerônimo Guerreiro, 41 anos, também foi alvo recente de débitos indevidos no cartão de crédito. “Tinha feito o parcelamento de uma dívida em dez vezes e quis antecipar o pagamento de quatro. Mas eles fizeram o lançamento de oito de uma só vez”, relembra.

Cláudio conta que passou dias tentando corrigir o problema no serviço de atendimento da empresa, sem sucesso. “Só consegui resolver depois que acionei o Procon”, completa.

Água e energia
Já o autônomo Edson da Silva Pinto, 31 anos, procurou o órgão, ontem, para denunciar cobranças de contas de energia atrasadas de um imóvel recém-adquirido no Parque Jaraguá. “Antes de comprar a casa, liguei na empresa para saber se havia alguma pendência, e não tinha nada. Agora que eu fechei o negócio, começou a aparecer cobranças em meu nome de contas desde 2005”, lamenta.

O total de débitos ultrapassa os R$ 200,00 e, segundo o autônomo, seu nome acabou inserido nos órgãos de proteção ao crédito. “O problema é que a antiga proprietária fez um acordo com a concessionária de energia e não pagou o que devia. Vou ter que entrar na Justiça para eles retirarem esta dívida”, reclama.

No final do ano passado, 4 mil consumidores de Bauru foram surpreendidos com cobranças indevidas nas contas de água. A suspeita de boicote no sistema de dados do Departamento de Água e Esgoto (DAE) levou a autarquia a instaurar sindicância interna para apurar a fraude.

Neste caso, a própria autarquia corrigiu o erro depois de receber reclamações. Mas, de acordo com Góes, não são raras as vezes em que o consumidor acaba paga o débito por desconhecimento sobre seus direitos e até mesmo por falta de atenção.

A orientação, entretanto, é ler cuidadosamente todos os termos de um contrato antes de assiná-lo e verificar com cautela extratos bancários, boletos e faturas de cartão de crédito. “Não existe melhor fiscal que o próprio consumidor. Mas, para isso, ele precisa ter informação, conhecimento e educação para se transformar em um agente da mudança. Este é o nosso principal desafio”, pontua.

A coordenadora do Núcleo Regional do Procon em Bauru, Valéria Cunha, também reforça que é preciso buscar esclarecimento, já que muitas empresas continuam agindo de maneira abusiva, a despeito da existência do Código de Defesa do Consumidor (CDC). “O consumidor deve desconfiar sempre, inclusive porque certas cobranças são feitas ainda na formalização dos contratos. O ideal é que a pessoa descubra e rejeite a cobrança antes de assinar o documento”, pontua.

Solução de problemas
Em caso de dúvida, o ideal é sempre procurar ajuda. Segundo a coordenadora Procon de Bauru, Fernanda de Assis Martins Pegoraro, mais de 85% das reclamações que chegam ao órgão são resolvidas de maneira rápida, sem a necessidade de ação judicial.

“Problemas com contas de telefonia e energia são resolvidas quase que integralmente por acordos intermediados pelo Procon. Já os bancos, com exceção de duas ou três instituições, ainda se negam a restituir os valores cobrados indevidamente”, ressalta.

Em último caso, a denúncia é encaminhada ao Juizado Especial Cível, que tomará decisão sobre o caso. “Quase sempre, a Justiça condena a empresa a devolver os valores cobrados”, completa.

Devolução em dobro
Cobranças indevidas não autorizadas, como a de taxas de serviços não solicitados em conta de telefonia ou TV a cabo, devem ser reembolsadas em dobro ao consumidor lesado, com juros e correção monetária, segundo determina o parágrafo único do artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Só está isenta dessa penalidade a empresa que provar “engano justificável”, o que inclui, por exemplo, cobranças em duplicidade durante falhas na operação de cartões de débito e crédito.

Em caso de débito que indique abuso ou má-fé da empresa, o consumidor não poderá ter seu nome inscrito em cadastros de proteção ao crédito se deixar de pagar a cobrança. Caso isso aconteça, a pessoa terá direito à indenização e poderá pleitear reparação por danos morais e materiais em ação protocolada junto ao Juizado Especial Cível.

A pesquisa
Uma pesquisa realizada pelo Procon-SP em Bauru confirmou o que o órgão já verificava nos atendimentos prestados à população: os consumidores continuam sendo vítimas de cobranças indevidas, prática considerada abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Segundo o estudo, 52% dos entrevistados afirmaram já terem sido alvo desse tipo de problema.

Outros 68% revelaram ter recebido, por correspondência, produtos que não solicitaram. A pesquisa apontou ainda que a qualidade do produto é o primeiro item considerado no momento da compra, seguido pelo preço e o bom atendimento.

O levantamento também indica que cerca de 80% dos bauruenses desconhecem o prazo para reclamar de um produto ou serviço, que é de 90 dias para bens duráveis e de 30 dias para bens não duráveis. Para o estudo, foram ouvidas 120 pessoas acima de 18 anos.

Fonte: http://www.jcnet.com.br/Geral/2012/03/cobrancas-indevidas-representam-60-das-reclamacoes-registradas-no-procon.html

PR: Deputados pressionam Anatel em audiência pública sobre telefonia móvel

Depois da realização nesta quarta-feira (28) de audiência pública para discutir a qualidade da telefonia móvel, o parlamento catarinense continua com muitas indagações e poucas respostas sobre as causas da precariedade do serviço no estado. Para o deputado Joares Ponticelli (PP), autor da convocação da audiência juntamente com o deputado Silvio Dreveck, a presença no debate de representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e das empresas não foi suficiente para esclarecer as dúvidas que pairam sobre os investimentos que deveriam ser feitos pelas operadoras.

“Já sabemos que os investimentos não aconteceram como deveriam. Exigimos soluções e prazos para que a Anatel cobre um serviço de melhor qualidade das operadoras”, disse o deputado Joares Ponticelli, que confessou ter ficado frustrado já que a Anatel designou para representá-la na audiência um gerente, que é subordinado ao escritório do Paraná, sem que as pessoas que decidem estivessem presentes.

“A estrutura da Anatel em Santa Catarina é pracearia. O órgão conta apenas com uma unidade operacional e apenas 12 fiscais. De outra parte, as empresas operam um serviço de grande rentabilidade e são campeãs no ranking das reclamações no Procon. O estado possui hoje 7.698.000 linhas celulares”, acrescentou Ponticelli.

Como resultados práticos da audiência surgiram os seguintes encaminhamentos: 1) Envio de expediente à Anatel para que apresente relatório detalhado das atividades em Santa Catarina, com o número de autuações e providências adotadas para solucionar as reclamações. 2) Realizações de audiências regionalizadas das Comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público, e de Relações Internacionais e do Mercosul para ampliar o debate sobre o assunto. A partir das informações que deverão ser enviadas pela Anatel, os deputados catarinenses querem cobrar providências da agência, que é responsável pela fiscalização do setor.

Justiça – Na audiência pública, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina e o Ministério Público anunciaram que pretendem agir conjuntamente no combate aos abusos cometidos na telefonia móvel. O representante da OAB, Adriano Tavares da Silva, anunciou que a entidade prepara o ingresso de uma Ação Civil Pública contra as operadoras. Primeiramente, a entidade quer saber quais as exigências da Anatel em relação as operadoras, quais as medidas promovidas para combater o problema e qual as sanções pelo descumprimento de contratos.

Segundo Tavares da Silva, o problema da telefonia não afronta somente a sociedade mas os Poderes. Afeta o Poder Judiciario, por exemplo, onde em um único dia, no STJ deram entrada 722 recursos de empresas de telefonia. “O Judiciário poderia estar se preocupando com outras questões, como o Direito família, mas tem que se preocupar com estes recursos”, disse.

O promotor Paulo Locatelli ratificou os pleitos da OAB e também anunciou que está obtendo elementos para inquérito civil. A idéia é fazer com que sejam suspensas as venda de linhas até que se regularize o sinal. Segundo o MP, os maiores problemas são a falta de cobertura, ofertas enganosas ou subliminares, demora na resolução do problema e falta de transparência na conta.

Participaram da audiência pública todas as instituições convidadas, que foram representadas por Jolmir Santos (gerente operacional da Anatel em Santa Catarina), Adriano Tavares da Silva (OAB), procurador Paulo Antônio Locatelli (representante do Procurador Geral de Justiça), Elizabete Fernandes (diretora do Procon), Tony (diretor do Sindicato Nacional de Empresas de Comunicação), Sérgio Medeiros (FCDL), Douglas Warmeling (presidente da Fecam), Fabiana Torres Machado (diretora jurídica da Claro), Gonzalo Pereira (diretor de relações institucionais da Oi), Daniel Encarnação (diretor relações institucionais da Vivo), Sandro Guerra (diretor de relações institucionais da Vivo). O debate atraiu vereadores de diversas cidades, como Marema, Rio Rufino, Nova Trento, Tubarão, Siderópolis, Campo Belo do Sul, Bom Jardim da Serra, Campo Alegre, Macieira, além de representantes da FIESC, Sindicato dos Comerciários, União das Câmaras de Vereadores da Região Serrana e Procon de Florianópolis. A audiência foi conduzida pelos deputados Elizeu Mattos e Dóia Guglielmi, com a colaboração dos deputados, Joares Ponticelli, Silvio Dreveck, Neudi Saretta e José Nei.

Fonte: http://portalveneza.com.br/nova_veneza/deputados-pressionam-anatel-em-audiencia-publica-sobre-telefonia-movel/

No Amazonas, telefonia avança pouco e deputados ameaçam com CPI

Apesar das promessas das operadoras, foi pequeno o avanço na qualidade dos serviços no Amazonas – como sustentaram parlamentares do estado durante audiência pública, na terça-feira, 27/3. Ao ponto de, durante a reunião com empresas e Anatel, surgir uma ameaça de CPI da telefonia.

“A Assembleia não vai ficar muito tempo nesse blá, blá, blá. E se preciso for o Poder Legislativo dispõe de mecanismos para criar constrangimentos para chamar a atenção sobre o assunto, para que alguém nos escute. Espero que não tenhamos que chegar ao limite de uma CPI”, afirmou o presidente da comissão de Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, Marco Antonio Chico Preto (PSD).

A reunião buscou medir as melhorias desde a primeira audiência, em outubro do ano passado, na qual as empresas se comprometeram com um Plano de Revitalização. Mas problemas continuam e os avanços, na opinião do parlamentar, foi “medíocre”. Por exemplo, de 2026 orelhões que deveriam funcionar em 10 municípios do Amazonas, apenas 360 – 18% - estão operacionais. Eram 145 na época da primeira reunião.

As operadoras Oi, Embratel/Claro, Vivo e TIM reiteraram promessas de investimentos, mas os parlamentares insistiram nas demandas. A Oi, por exemplo, segue sem cumprir a meta de conectar as escolas públicas urbanas – das 1,2 mil do Amazonas, apenas 561 foram atendidas, praticamente todas elas (539) na capital Manaus.

Pelo menos outras duas audiências públicas serão realizadas até novembro deste ano, como forma de acompanhamento dos serviços e investimentos das operadoras. Caso as melhorias na qualidade não sejam perceptíveis, o presidente da comissão defende a criação de uma comissão de inquérito. “O inquérito é nosso instrumento legal para investigar. A Anatel pode fiscalizar, a Justiça multar e a Assembleia fazer um inquérito”, insistiu Chico Preto.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=29812&sid=8

Fust poderá financiar expansão da telefonia móvel

Os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) poderão ser aplicados também em programas de ampliação da cobertura do serviço de telefonia móvel. Projeto de lei com essa finalidade foi aprovado nesta quarta-feira (28) pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Como recebeu decisão terminativa, o projeto poderá seguir para a Câmara dos Deputados se não houver recurso para que seja examinado também pelo Plenário do Senado.

A lei que instituiu o Fust (Lei 9.998/2000) prevê investimento exclusivo na universalização da telefonia fixa. O projeto de lei do Senado (PLS 311/2007), de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), modifica essa lei, beneficiando o Serviço Móvel Pessoal (SMP), como é denominado pelo setor de telecomunicações.

Apesar de a matéria ter sido rejeitada pelas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), o relator na CCT, senador Walter Pinheiro (PT-BA), apresentou parecer pela sua aprovação para beneficiar as regiões mais distantes das cidades.

Walter pinheiro disse que, em 2007, 42% dos municípios do país não possuíam serviço de telefonia móvel. Já em 2011, ressaltou, os centros urbanos de todos os municípios contavam com o serviço. O senador informou que o número de acessos móveis ativos aumentou de 114,69 milhões, em dezembro de 2007, para 231,6 milhões, em outubro de 2011, o que significa 118 acessos por 100 habitantes.

Ressaltou, no entanto, que pelas regras dos acordos entre as operadoras de telefonia e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), basta que 80% da área urbana de um município disponham de telefonia móvel para que seja considerado coberto pelo serviço. Assim, observou, as regiões mais afastadas ficam prejudicadas.

- Localidades mais distantes do distrito sede do município, bem como as áreas rurais, notadamente no interior do país, ainda sofrem com uma deficiência de cobertura do SMP. Nada mais razoável, então, que a possibilidade de utilização de recursos do Fust, cujo objetivo é justamente disseminar o acesso aos serviços de telecomunicações a toda população brasileira, independentemente das regiões geográficas onde se encontra, para a ampliação da cobertura do SMP em localidades hoje não atendidas pelas operadoras do serviço - argumentou.

Flexa Ribeiro disse que os recursos do fundo são muitas vezes contingenciados e utilizados em outros propósitos, como o pagamento de juros da dívida. A proposta, como obervou, vai possibilitar a universalização da telefonia móvel para o cidadão brasileiro.

Concessões de rádio e TV
Na reunião desta quarta-feira, a CCT aprovou também 34 projetos de decreto legislativos (PDL) que concedem, autorizam ou permitem a exploração de serviço de radiodifusão comunitária em várias cidades brasileiras.

Foram beneficiados os estados de Minas Gerais e Santa Catarina, cada um com sete rádios comunitárias; Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul e São Paulo, com três; Pernambuco e Rondônia, com duas; e Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, com uma rádio em cada estado. A decisão da CCT tem caráter terminativo.

Radiação
O projeto de lei da Câmara que determina a observância de limites para emissão de radiação quando uma instalação radioativa encerrar suas atividades será votado em reunião posterior da comissão. A matéria estava na pauta da reunião desta quarta-feira, mas foi retirada. A proposta é de autoria do então deputado Silvinho Peccioli e recebeu relatório pela aprovação do senador Lobão Filho (PMDB-MA).

Fonte: http://www.circuitomt.com.br/editorias/brasil/12890-fust-podera-financiar-expansao-da-telefonia-movel.html

quarta-feira, 28 de março de 2012

Alta demanda estimula consolidação de data centers no Brasil

O anúncio da compra da Tecla pelo fundo de investimentos Riverwood e de sua possível fusão com a Mandic não foi uma surpresa para os analistas de mercado. Para Bruno Tasco, da Frost & Sullivan, e Anderson Figueiredo, da IDC, o negócio é reflexo do amadurecimento do mercado brasileiro, com demanda cada vez maior por data centers e nuvens públicas, principalmente para pequenas e médias empresas.

Os dois analistas concordam que, com o negócio anunciado nesta terça-feira, 27, o mercado brasileiro ganha um concorrente mais forte. “A união da Mandic com a Tecla tem tudo para dar certo, pois cria um portfólio de serviços bastante interessante”, diz Tasco, da Frost, lembrando que a Mandic sempre foi uma provedora de e-mail para o mercado corporativo, e agora agrega infraestrutura como serviços (IaaS). Para ele, as empresas ganham mais corpo para oferecer mais soluções e competir com mais força no mercado brasileiro.

Figueiredo, da IDC, explica que a Tecla sempre trabalhou com o universo de pequenas empresas, menores ainda que o alvo da Locaweb, que são hoje o principal das nuvens públicas. “Eles são muito bem vistos pelos clientes e, com a união com a Mandic, vão aumentar a participação deles no mercado de pequenas empresas e, acredito, começar a incomodar o mercado de médias empresas”, prevê.

O analista da IDC acredita que a nova empresa deve tentar conquistar clientes maiores do que estão acostumados. Para isso, explica, deve ampliar seu portfólio, reforçando as ofertas de software como serviço (SaaS). “A Tecla sempre teve mais força na oferta de infraestrutura como serviço, mas para ganhar volume, terá que fortalecer as ofertas de software”, diz.

Ainda assim, o impacto do negócio no mercado deverá ser limitado. Para Tasco, da Frost, a fusão não muda muito o mercado em termos de competitividade. “Não aumenta, porque se trata de um setor já bastante competitivo, com a participação inclusive de operadoras de telecomunicação”, lembra.

Ao contrário, ele acredita tratar-se de uma reação a esta competitividade. Unidas, a Tecla e a Mandic se posicionam com mais força para competir. Figueiredo, da IDC, acredita em um impacto localizado nas ofertas para médias empresas. “Eles começarão a incomodar mais os concorrentes focados neste segmento”, diz.

Mercado atraente
Impacto à parte, o negócio também chamou a atenção pelo interesse de investidores estrangeiros no mercado brasileiro. Para os analistas, este é um movimento que está apenas começando e mais anúncios devem ser esperados para os próximos meses. “O mercado brasileiro é muito promissor, por isso a vinda não apenas de grandes investidores estrangeiros, mas também de empresas como a Amazon. Há muitas oportunidades para nuvens públicas no segmento de pequenas e médias empresas”, afirma Tasco, da Frost.

Figueiredo, da IDC, defende que o mercado brasileiro de data center é o melhor dos mundos para os investidores. “Aqui temos mais demanda que oferta, o que torna o mercado atraente. Há muitas empresas interessadas em data centers e o movimento vai continuar. Teremos mais empresas chegando, seja por meio de fusões, aquisições ou construção de data centers, e com a ajuda de fundos de investimento para estas iniciativas”, diz.

Boa parte desta atratividade vem do crescimento econômico do Brasil que, mesmo menor, ainda apresentará uma situação melhor do que o hemisfério norte. Parte desse crescimento deve-se à ascensão das pequenas e médias empresas que, segundo Figueiredo, estão crescendo, mas não vão investir em infraestrutura de TI. “Esse é o grande foco das empresas de cloud e isso não acontece à toa: nossa previsão é que as nuvens públicas cresçam 60% ao ano no Brasil até 2015. Quem não quer investir em um mercado que vai crescer 60%?”, pergunta.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=29803&sid=97

Brasil lançará satélite para levar banda larga a todo País

Durante a 4ª Cúpula do Brics [bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], encontro que acontece na Índia, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, afirmou que o Brasil prepara lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para levar banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G em todo o País.

Segundo informações do UOL, o País busca na Índia cooperação técnica para o satélite, cuja construção e lançamento, sob responsabilidade da Telebras e da Embraer, tem custo avaliado de 750 milhões de reais. O lançamento deverá custar cerca de 145,5 milhões de reais.

"Vamos fazer um concurso internacional que abre a possibilidade a uma cooperação tecnológica importante", disse o ministro.

Brasil, Índia e África do Sul também discutirão nos próximos dias o lançamento de outro satélite para a observação do clima no Atlântico Sul, o que permitirá fazer medições necessárias para entender as anomalias com o campo magnético terrestre que deixam passar as radiações ultravioletas.

De acordo com o ministro, com a China, o Brasil prevê o lançamento de um satélite este ano e outro em 2014.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/telecom/2012/03/28/brasil-lancara-satelite-para-levar-banda-larga-a-todo-pais/

E quando a adoção de ERP fracassa?

Não é raro ouvir empresas que passaram por casos de falhas em suas implementações de ERP. Enquanto projetos de adoção de sistemas de gestão empresarial apresentam problemas por motivos diversos, cada incidente desencadeia um conjunto de repercussões problemáticas, financeiras entre outras. TI, é claro, é a primeira a receber chamados para realizar os reparos. Mas o CFO raramente sabe o que está acontecendo.

“Todos os caminhos levam para o lado financeiro”, afirma Mark Gandy, sócio da b2bcfo.com, empresa que oferece serviços financeiros para as empresas. “O CIO geralmente fica envolvido com as questões tecnológicas... mas CFOs têm ampla compreensão de todo o negócio”, pontua o executivo.

China Martens, analista da Forrester Research, diz que os clientes estão insatisfeitos por promessas não cumpridas de uma série de fornecedores de ERP.

“É como se a empresa e o fornecedor falassem línguas diferentes”, observa a analista. “Por vezes, os fornecedores de ERP supervalorizam a venda e acabam prometendo atividades que não podem cumprir. Outras, a empresa não é clara sobre o objetivo que quer atingir.”

Nesse ponto, os diretores financeiros que estão envolvidos na seleção da tecnologia e no processo de implementação ajudam a atenuar os problemas que podem comprometer as operações e a geração de renda. Além disso, os CFOs trazem uma perspectiva global da companhia para o processo, uma vez que eles entendem como cada departamento opera e contribui para os negócios.

Três exemplos, entre os muitos que falharam, mostram parte do desenho do ERP hoje. Um deles é a Montclair State University, localizada em Nova Jersey, nos Estados Unidos. A instituição processou o fornecedor após o vendedor supostamente ter atrapalhado a instalação do software para substituir os sistemas legados. Agora, a Montclair State precisar investir cerca de 20 milhões de dólares para finalizar o trabalho, de acordo com a ação judicial.

O CareSource Management Group, administrador de planos de saúde, está pedindo 1,5 milhão de dólares em danos ao fornecedor, de acordo com um processo judicial, em caso semelhante. A CareSource alegou que o software adquirido não era o sistema que o fornecedor prometeu e nunca avançou além da fase de testes.

Uma distribuidora de tecnologia atribuiu consecutivas perdas de rendimentos trimestrais a problemas de configuração de um sistema de ERP na Austrália. Os lucros da empresa no primeiro trimestre de 2011 caíram de 70,3 milhões de dólares para 56,3 milhões dólares em comparação com igual período de 2010. Os rendimentos do segundo trimestre de 2011 foram de 59,7 milhões dólares, em comparação com os 67,7 milhões dólares registrados no segundo trimestre de 2010.

Gandy se junta à lista de executivos que recentemente enfrentaram desafios na adoção de ERP. Um de seus clientes comprou o software e, em seguida, descobriu que precisaria de um ERP específico alinhado à indústria de atuação. A empresa contratou um segundo integrador de sistemas para a implementação e depois de ter tido uma experiência ruim com o parceiro, o cliente voltou à Gandy para concluir o trabalho.

“Normalmente, a organização migra para um sistema no qual confiou, que tem escalabilidade e feedback imediato”, assinala. “É por isso que é preciso haver metas muito claras, porque é necessário pensar na tecnologia como vital para a estratégia corporativa”, avalia.

Observar essa perspectiva de negócios no longo prazo é especialmente importante para os CFOs, já que o ERP deve crescer para atender a futuras metas da companhia, aponta China. Uma abordagem míope pode forçar uma organização a aposentar prematuramente um sistema de ERP, o que, segundo a analista, poderia levar ao questionamento do CFO por outro investimento de milhões de dólares. Gandy concorda dizendo que as empresas não deveriam ter de substituir um ERP com menos de cinco anos de idade.

O software de uma companhia deve manter-se produtivo e ser a força motriz por trás de todas as suítes de ERP que estão ligadas a ele, avalia Gandy. Considerar um fornecedor da tecnologia porque os executivos de negócios ouviram conversas sobre suas ofertas, ou supor que a tecnologia é boa “são razões erradas”, completa. Conhecer detalhes de como funciona o negócio é vital quando cada tecnologia em torno do ERP precisa ser adaptada.

“A companhia usuária não quer uma lacuna entre o ERP e o que os negócios precisam”, afirma China. Organizações precisam “minimizar esse gap, mas também devem ser realistas sobre o que é necessário ser feito para mudar esse quadro”. De acordo com a analista, essa movimentação pode exigir investimento adicional para personalizar o produto. Por outro lado, as empresas também querem evitar a customização excessiva da solução. Isso leva à compra de um software que vai deixar os CFOs insatisfeitos e fazer com que eles não o utilizem e não apostem na ferramenta, acredita China.

Além de examinar os processos internos, as empresas que estão em busca do produto devem rever alguns dos projetos concluídos de um fornecedor para verificar histórias de sucesso. Gandy aconselha que o futuro cliente visite algumas organizações e identifique se existem problemas.

“Isso vai garantir que um problema não aconteça? Não”, afirma Gandy. Mas ao fazer a escolha baseada nessa premissa, “certamente pode minimizar os desafios e até impedir determinada escolha de ERP.”

“Os fornecedores prometem tudo, mas se você conversar com outros clientes, buscando comentários imparciais, poderá ter uma noção do produto porque eles irão te dizer exatamente o que ele faz para os negócios”, assinala China.

Depois de selecionar um fornecedor e avançar para as negociações do contrato, evite cobranças de hora em hora, acrescenta Gandy. “Eu odeio a cobrança”, esbraveja. “Você não está pagando por assentos. Está pagando por resultados.” Em vez disso, estabeleça um plano de pagamento para alcançar os objetivos do projeto determinado pelo vendedor e pela empresa.

Isso oferece uma “linha do tempo muito sólida do trabalho que deve ser realizado, ajudando na identificação de prazos quando não forem cumpridos”, aponta o executivo. O pagamento por resultados, prossegue, permite que a empresa conclua projetos antes de cortar um fornecedor.

A corrida para a nuvem, porém, obrigou os vendedores tradicionais de ERP a desenvolver estratégias inovadoras de implementação. E executivos de finanças podem gostar dessa oferta, projeta China. Fornecedores de ERP inseriram em suas ofertas pacotes que cobrem todos os componentes de uma implementação por um preço fixo, apontando os benefícios de uma adoção mais rápida e barata.

“Eles tentam empacotar software, serviços, capacitação e compromisso com a implementação para tentar atingir as diferentes pontas das organizações”, diz ela.

Na visão de Gandy, quando levadas em consideração as vantagens e desvantagens de várias opções de ERP, funcionalidade global é fator decisivo. Essa característica vai aumentar o custo, mas o investimento extra significa retorno que pode ser observado no longo prazo. “É um valor que vale a pena, pois a solução fará parte das operações das empresas de dez a vinte anos.”

Dicas para uma boa implementação
Algumas perguntas vitais que devem ser feitas antes de projetos de ERP.

1) O aplicativo que você está revendo já tem funcionalidades específicas da vertical de atuação e é configurável da forma que você precisa para estar em linha com os objetivos de negócios? Será que a tecnologia vai ser capaz de fazer o que você solicitará? Vai atender às necessidades dos usuários?

2) O fornecedor e seus parceiros possuem referências de empresas e indústrias como a sua? Eles terão de fazer qualquer customização? Qual é o nível de personalização que isso implicará? O que eles tem que fazer?

3) A mudança de sistema ou implementação de uma nova tecnologia será uma iniciativa liderada pelo CIO ou uma demanda de negócios levou a avaliação da ferramenta? Se você tem patrocínio forte da área de negócios, pode estabelecer uma gestão maior de mudança, o que significa menos customizações. Isso acontece porque você tem um mentor do lado dos negócios que reforça para as pessoas que esse é o caminho certo para a empresa seguir.

Três lições para transformar desafios em sucesso
1) Ter equipe esperando trabalho é melhor do que ter trabalho esperando: evitar a todo o custo que etapas do projeto sejam adiadas porque o pessoal não estará disponível para trabalhar na próxima tarefa. Sem trocadilhos, tal atraso desencadeia reação em cadeia nas tarefas seguintes. O caos se instala, e cada início tardio faz com que as linhas de tempo de toda a cadeia dependente de tarefas passe a ser imprevisível.

2) Multitarefa é mais prejudicial do que imaginamos: as empresas que não compreendem a importância da lição número 1, inevitavelmente tentam maximizar o uso de pessoal. Parece fazer sentido. Afinal, qualquer hora paga a um empregado para não fazer nada soa como desperdício. O problema é que a maioria das tentativas de maximizar a utilização pessoal faz mais mal do que bem.

Apesar de as pessoas terem a sensação de que conseguem executar várias tarefas ao mesmo tempo com a mesma eficácia, na prática isso não funciona. A cada 50 profissionais, apenas um tem condições de efetivamente focar em várias atividades ao mesmo tempo. O restante altera a atenção, o que compromete eficiência e produtividade.

Manter os funcionários ocupados significa insistir na multitarefa. O que a palavra realmente significa é ter de mudar de uma tarefa para outra, muitas vezes de forma imprevisível. Pergunte a qualquer pessoa cujo trabalho requer esforço concentrado que impacto isso tem. A resposta será uma só: ruim. Cada opção significa voltar a atenção para a tarefa e tempo para se reorientar. Esse processo não é nem fácil nem instantâneo.

A lição é clara: permitir que os funcionários terminem o que começaram, mesmo que isso signifique que eles fiquem, ocasionalmente, sem nada para fazer. Eles serão muito mais eficazes e produtivos.

3) Elimine “bajulações”: é importante que todos saibam quando atingiram o status “bom o suficiente”. Antes de cada tarefa, o time da companhia fornece os critérios para avaliação do resultado. E comunica a importância de evitar “qualquer tipo de bajulação” com frequência. Ao longo da execução, compartilha com os funcionários suas impressões, constantemente, com o objetivo de levá-los a se esforçarem para encontrar maneiras de fazer o que estão fazendo de forma ainda melhor.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/gestao/2012/03/26/e-quando-a-adocao-de-erp-fracassa/

Empresa lança solução móvel para administração de vendas e negócios

A Landix é uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções de negócios que já está há 12 anos no mercado, tendo hoje um portfólio de mais de 60 clientes corporativos (entre os quais a Femsa e a Bebidas Ipiranga), e mais de 10 mil usuários. Voltada para mercado de soluções móveis, a empresa está lançando o Landix Flex, um aplicativo para força de vendas compatível com os sistemas operacionais Android e Windows Phone.

O aplicativo é voltado a distribuidores, atacadistas e indústrias com força de vendas internas e externas. A solução está em fase final de teste piloto, mas já pode ser demonstrada e implantada imediatamente por qualquer empresa que possua um ERP. Os resultados de adesão vêm sendo positivos e, segundo a gerente Anna Paula Graboski, a procura pela solução vem sendo 25% a 30% maior do que se esperava. Este mês, seis novos contratos foram fechados para o aplicativo, e até o fim de 2012 são esperados entre 50 e 60 novos clientes.

Entre as funcionalidades do produto estão a possibilidade de troca de mensagems entre os vendedores e a equipe administrativa; cadastro de novos clientes; relatórios para o vendedor e o supervisor acompanharem o dia a dia de trabalho; acompanhamento da situação financeira do cliente (histórico de vendas, pedidos a faturar, titulos vencidos e a vencer); cálculo de descontos e acréscimos; controle de metas; e  acompanhamento da rota do vendedor sequenciada através de visitas diárias, semanais, quinzenais e mensais.

Entre as vantagens da solução está a possibilidade de ser usada tanto online (em 3G ou Wi-Fi) quanto totalmente offline. Ou seja, vendedores que vão para cidades sem conexão podem utilizar todas as funcionalidades do Landix Flex em seus smartphones mesmo estando desconectados. Uma vez de volta a locais com conexão, o usuário integra-se à rede, podendo intercambiar as informações armazenadas em seu dispositivo.

Outra novidade da solução é o fato de ter interoperabilidade entre as plataformas Android e Windows. Para o caso de empresas que adotam a estratégia do Bring Your Own Device (em que o funcionário opera no trabalho com seu smartphone pessoal), por exemplo, isso significa que a solução pode rodar tanto em Android quanto em Windows Phone sem a necessidade de atualizações ou adaptações. A Landix ainda oferece a opção de costumizar a plataforma segundo as necessidades do cliente.

Em relação ao modelo de negócios da empresa, ela opera com o aluguel do software. O cliente paga um valor referente à quantidade de funcionarios que irão utilizar a solução, e recebe da empresa atualizações em tempo real do programa (sem a necessidade de pagamentos extras), além de manutenção especializada e suporte. O preço de adesão varia segundo algumas variáveis (tamanho do cliente, número de usuários, etc). Estima-se que uma empresa com cerca de 20 usuários pague uma mensalidade de R$ 700 (R$ 35 por usuário).

A expectativa da Landix é de que, caso atinja a meta de obter 60 novos clientes até o fim do ano, alcance em 2012 uma receita de R$ 500 mil somente em assinaturas do Landix Flex.

Fonte: http://www.mobiletime.com.br/27/03/2012/empresa-lanca-solucao-movel-para-administracao-de-vendas-e-negocios/269817/news.aspx